quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Sobre o Tempo


“O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.” 

(Henry Van Dyke)


Por Ana Cavalieri 
@anacavalieriofficial

Sobre o autor 

Henry Van Dyke nasceu em Germantown, no estado norte-americano da Pensilvânia, em 10 de novembro de 1852. Foi professor de Literatura Inglesa, na Universidade de Princeton, e professor conferencista na Universidade de Paris. Por indicação do presidente Wilson, tornou-se “ministro” para a Holanda e Luxemburgo. Presidiu o comitê que escreveu a primeira liturgia presbiteriana, “O Livro do Culto Comum”. Entre as suas obras mais populares estão as duas histórias de Natal “The Other Wise Man” (O Outro Homem Sábio) e “The First Christmas Tree” (A Primeira Árvore de Natal”. Van Dyke escreveu poesias, ensaios e hinos como o famoso “Joyful Joyful, we adore thee”, cantado ao som da “Ode à Alegria”, de Beethoven.
Os versos de Henry que compartilhamos com vocês, queridos leitores, hoje foram a inspiração para uma canção chamada “Time”, interpretada por Mark Masri.


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Harmonitango - Piazzolla em Toda a Sua Essência

José Staneck, Ricardo Santoro e Sheila Zagury formam o Harmonitango.
Foto: Divulgação / Google Images.

Por Maria Cristina Lagoas
@mariacristinalagoas

A noite de sexta-feira, 09 de agosto, teve um quê de Porteña, graças aos músicos do Harmonitango. No palco da Sala Cecília Meireles, José Staneck (Harmônica), Ricardo Santoro (Violoncelo) e Sheila Zagury (Piano) fizeram uma releitura da fascinante obra de Astor Piazzolla, um dos mais importantes compositores do século XX. O gênio argentino subverteu cânones, incorporando jazz e música erudita em suas criações, utilizando instrumentos não tradicionais como o Órgão Hammond, bateria, além de guitarra e baixo elétricos. Assim sendo, sua música foi chamada de "Nuevo Tango" e levou o maior dos ícones portenhos dos salões de baile às salas de concerto. Alguns lhe diziam que não fazia tango, aos que ele respondia fazer a música contemporânea de Buenos Aires. 
A qualidade, beleza temática e variedade rítmica das composições de Piazzolla, aliadas ao talento e carisma dos músicos do Harmonitango, foram responsáveis por uma apresentação vibrante, que emocionou a plateia. No programa, Violetango, Libertango, Meditango, La Muerte del Ángel, Milonga del Ángel, Resurrección del Ángel, Retrato de Milton, Adiós Nonino e Primavera Porteña.



Desde sua criação, em 2010, o Harmonitango vem se apresentando em salas de concerto de diversas cidades do país. A fusão dos estilos de seus músicos e sua busca por "diferentes sonoridades e novas formas de expressão", resultam em um belo espetáculo que conquista o público e agrada aos críticos. O álbum homônimo, lançado em 2017, está disponível nas plataformas digitais Spotify, Deezer e Google Play Música.
José Staneck é um dos mais conceituados instrumentistas de gaita e já atuou como solista em orquestras nacionais e internacionais. Seu estilo mescla elementos da MPB, do Jazz e da música de concerto. Ricardo Santoro é violoncelista da Orquestra Sinfônica da UFRJ e da Orquestra Sinfônica Brasileira. Com seu irmão Paulo, forma o Duo Santoro. Também faz parte do Trio Aquarius e do Trio Mignone. Além da intensa atuação no cenário musical brasileiro, participou de turnês pela Alemanha, Estados Unidos e República Dominicana. Sheila Zagury é pianista, arranjadora e professora da UFRJ. De formação eclética, com passagem na música erudita e no jazz, já atuou com vários artistas e grupos famosos, além de várias peças de teatro adulto e infantil e shows em todo o Brasil e no exterior.
A sensação ao assistir a este concerto e presenciar a interação entre os músicos e sua plateia pode ser descrita pelas palavras do próprio Piazzolla:
"A música é a arte mais direta, entra pelo ouvido e vai ao coração... É a língua universal da humanidade."
Maria Cristina Lagoas e Ana Cavalieri, as “Meninas do Blog”,
com Ricardo Santoro, Sheila Zagury e José Staneck,
o “Harmonitango”. Foto: Paulo Roberto Rocha.



terça-feira, 13 de agosto de 2019

Amar está além da alma

Amar está além da alma que lê
Através da essência de quem lado a lado
Sempre te acompanha na igualdade do olhar.
Na forma de pensar.
Na forma de agir.
É interação total um com o outro.
É ler através do coração
Os pensamentos um do outro.
Na certeza da realização de tudo sempre à dois.
São dois corações apaixonados
Que se amam loucamente
E estão cheios de vidas,
Dispostos a tudo para estarem felizes juntos.
É torcer, vibrar, um com a realização do outro!!
Amar não é competir!!
Amar é estar junto
Um se realizando com a felicidade do outro!!
Amar é se preocupar sempre
Em qualquer circunstância
Um com o outro.
Amar é companheirismo!!
É querer estar com o outro sempre por perto.
É ter coragem de mudar
Toda uma vida a favor de quem se ama de verdade.
É deixar tudo para trás
Que não tem significado
A favor de quem se ama!!
É acreditar na felicidade
Que o amor pode proporcionar
A quem se ama!!
É ter coragem para seguir
Em frente sempre
Em busca do que te fará feliz
Daqui por diante.
Amar é se render ao Verdadeiro Amor!!

Ana Cavalieri

Imagem: ˜He Proposal˜, de Leonid Afremov.
Disponível em Google Images.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Vladimir Machado: Naturezas Mortas, Memórias Vivas

Ana Cavalieri, Vladimir Machado e Maria Cristina Lagoas,
durante a abertura da exposição "Naturezas Mortas,
Memórias Vivas", no Espaço Cultural M.D. Gotlib,
que contou com a curadoria de Julie Brasil.



Por Ana Cavalieri


Vladimir traz consigo uma bagagem de cinco décadas entre pintura, gravura e desenho.
Seu contexto em suas obras é a mais pura cor e harmonia que podemos conferir na sua própria leitura da arte.
Tornou-se bacharel em pintura, na década de 70, pela Escolas de Belas Artes da UFRJ. Estudou pintura com Píndaro Castelo Branco, gravura em metal com Adir Botelho e serigrafia e pintura mural em afresco com José Moraes.
Vladimir teve uma trajetória brilhante. Além do talento, conquistou a todos com suas belas obras de arte.
Vladimir, além de pintor, é desenhista, gravador e cenógrafo. Realizou a cenografia do filme "O Poderoso Patrão", entre outros trabalhos importantíssimos.
Como a memória é a capacidade de reter fatos e experiências, podendo ser transmitidas de várias formas, ele dá vida a presença das aves tropicais e ornamentos mitológicos gregos.
Podemos sentir, através de suas telas, o suave perfume das flores e o seu brilho. É uma verdadeira viagem à mente todas as suas obras. Suas mãos e seus olhos estão atentos aos quadros reais da vida que captam as mudanças impostas pelo presente às formas que lhe era representado pelo passado.
Suas obras são impactantes no que tange a uma dimensão da memória em nossa visão mental.

 








terça-feira, 6 de agosto de 2019

Rocketman: a cinebiografia de Sir Elton John

Rocketman 

(Reino Unido, 2019)

Gênero: Biografia
Direção:Dexter Fletcher
Elenco: Taron Egerton, Bryce Dallas Howard, Richard Madden, Jamie Bell.
Duração: 120 minutos.
Sinopse: O filme narra a trajetória de Elton John, de sua infância até a transformação em superastro da música pop.

Por Maria Cristina Lagoas
@mariacristinalagoas 

Elton Hercules John nasceu Reginald Kenneth Dwight, em Londres. Cresceu em Pinner, na casa de seus avós maternos, e aos onze anos, conseguiu uma bolsa de estudos para a Royal Academy of Music, um conservatório onde estudou a maioria dos músicos influentes do Reino Unido. Na adolescência, integrou um grupo de blues chamado Bluesology. Aliás, foi inspirado em dois de seus integrantes que Reggie Dwight adotou o nome artístico de Elton John: o saxofonista Elton Dean e o líder da banda, Long John Baldry. Já fora da Bluesology, respondeu a um anúncio da gravadora Lybert Records, que estava à procura de novos talentos. Nasceu aí uma das maiores e mais bem sucedidas parcerias da história musical: Elton John e Bernie Taupin. O primeiro álbum, Empty Sky (1969), não fez sucesso, mas serviu para colocar Elton John em evidência. No ano seguinte, o álbum que leva seu nome foi lançado e apresentou ao público aquele que se tornaria um de seus maiores sucessos, “Your Song”. Sua plateia ficava cada vez mais numerosa e o cantor começou a chamar atenção por seu figurino extravagante. “Rocket Man”, canção que inspirou o título da cinebiografia de Elton, é parte integrante do álbum Honky Château, lançado em 1972. São mais de cinco décadas de sucesso ininterrupto. Segue sendo o único artista a obter seis lançamentos consecutivos no primeiro lugar da Billboard. Sua canção “Candle In The Wind”, gravada como um tributo à Princesa Diana, é um dos singles mais vendidos de todos os tempos no mundo. Elton John é seguramente um dos cantores de maior sucesso da história. Em janeiro do ano passado, o cantor anunciou que se aposentará dos palcos após uma última turnê mundial, a “Farewell Yellow Brick Road”, que terá 300 shows e percorrerá todos os continentes até 2021. “Minhas prioridades mudaram, tenho filhos pequenos”, justifica o pai de Zachary e Elijah (9 e 6 anos, respectivamente). Elton promete que esta será a mais fantástica e melhor produzida de suas turnês.




Muito bem produzido também foi Rocketman. Roteiro, direção, figurino, tudo construído com atenção aos mínimos detalhes para levar às telas de cinema a trajetória de um artista que muito contribuiu com suas canções a obras da Sétima Arte. Aqui, Elton John é um superastro da música com alguns vícios - drogas, sexo, compras - que, a partir de uma terapia em grupo, relembra momentos cruciais de sua vida, desde a infância, quando sofreu com pais negligentes, até tornar-se adulto e sucumbir frente a uma relação amorosa abusiva. Nosso protagonista tenta perceber em que momento se perdeu, numa tentativa desesperada de se reencontrar. 
Lee Hall acerta em cheio desenhando um roteiro onde há o casamento perfeito entre as situações vividas pelos personagens e as canções e seus números musicais. 





A câmera flui entre planos fechados e gerais, através de longas tomadas que contemplam não apenas a totalidade dos cenários, mas criam um ar de nostalgia, uma vez que o filme decorre como uma sequência de lembranças compartilhadas por Elton durante a sessão de terapia, além de favorecer os números de dança que dão à obra um toque “brodwayriano”. Todo esse conjunto somado às inesquecíveis canções da dupla John-Taupin resulta em um verdadeiro espetáculo que mexe com todos os sentidos do espectador.
Outro grande acerto foi a escolha do elenco. Atores afinadíssimos com suas personagens. E a semelhança física dos Eltons da tela com o Elton original é realmente impressionante. Cabe ressaltar que a interpretação irretocável de Taron Egerton é um dos maiores trunfos do filme. Expressão corporal, visual, voz, cada detalhe contribuiu para uma perfeita recriação de Elton John para a telona.




Mais que uma deliciosa viagem a nossas lembranças embaladas pelas canções de Elton John e um passeio pela história de sua vida, Rocketman nos convida a refletir sobre questões importantes como: pais ausentes e nada carinhosos podem afetar seus filhos de tal maneira que estes se tornem adultos sem autoestima e tenham uma vida permeada por atitudes de autossabotagem? Qual o preço da fama e da fortuna? A que tipo de relacionamento as pessoas se submetem por medo da solidão? A empatia pode salvar um vida?




Rocketman é um filme corajoso, que não foge das polêmicas, com cenas ousadas e outras ternas, com diálogos muito bem construídos e algumas falas clichê. É icônico, divertido, multifacetado como Elton John. É um musical delicioso de se ver e rever!





Umas poucas linhas para você, Elton...

Por Ana Cavalieri
@anacavalieriofficial
@anagcavalieri


Elton, 

 É com grande emoção e quase sem palavras para descrever o que eu senti vendo o teu filme “Rocketman”.
 A tua coragem de revelar todos os transtornos que te afligiam foi surpreendente. 
 Eu acompanho toda a tua trajetória desde os meus nove anos de idade. 
 As tuas canções e o teu dedilhar no piano me emocionam cada vez mais. 
 A tua voz é única e perfeita e foi brilhantemente “reproduzida”  na voz belíssima de Taron Egerton.
 Fiquei muito feliz quando você revelou que há 29 anos você se livrou do álcool e das drogas e que você conquistou o teu grande e verdadeiro amor.
 Você continuará brilhando em nossos corações com teu jeito singular de ser e com uma das vozes mais magníficas que eu já ouvi.
 Parabéns pela tua recuperação, pela família linda que você tem hoje,  pelo apoio da sua avó que foi importantíssimo na tua vida, pela coragem de revelar ao mundo toda a tua trajetória com todos os impasses que a vida proporcionou, pelo elenco maravilhoso e principalmente a escolha de Taron Egerton, que tem uma voz maravilhosamente forte e suave como a tua voz.
 Parabéns pelos teus projetos de arrecadação de recursos pela cura dos portadores de HIV.
 Parabéns por você ser esse homem tão generoso, que nunca deixou de acreditar nos teus sonhos. 
Você, Elton, é surpreendente!! 

Ana Cavalieri



Imagens: Google Images/Divulgação.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Daniel Boaventura em “Concertos de Inverno Petrobras Sinfônica JBFM”


Daniel Boaventura se apresentou com o grupo
de câmara da Orquestra Petrobras Sinfônica.
Por Ana Cavalieri
@anacavalieriofficial
@anagcavalieri



Daniel Boaventura foi o convidado especial do último “Concerto de Inverno Petrobras Sinfônica JBFM”, dia 24 de julho, na Sala de Câmara da Cidade das Artes.
O concerto se iniciou com o Quinteto de Metais da Orquestra Petrobras Sinfônica formado por Nelson Oliveira (trompete), Vinícius Lugon (trompete), Josué Soares (trompa), João Luiz Areias (trombone) e Eliezer  Rodrigues (tuba). Em seguida, a orquestra se completa e tem início a participação do convidado da noite, o cantor e ator Daniel Boaventura.
 Com sua voz potente, Daniel contagiou a sala de concerto, arrancando aplausos da plateia, que foi à loucura quando o cantor desceu do palco e correu entre as fileiras da sala. 
 Ao término do show, todos gritavam “bis”, “bravo”.  Atendendo a pedidos, Daniel cantou “My Way” à capela, não apenas um trecho, mas a música completa.  Foi quando o público que ali estava entrou em “delírio total”.
 Os arranjos das canções orquestradas naquela noite foram muito elogiados pelo próprio Daniel. Foi um concerto inesquecível!! 




Imagens: Maria Cristina Lagoas

Um Tom de Saudade

Show/homenagem a Tom Jobim, no palco do
Teatro Riachuelo. Foto: Ana Cavalieri.



Por Maria Cristina Lagoas
@mariacristinalagoas


Acaso queiras que defina “Um Tom de Saudade” em uma frase, assim o faço: um Quinteto de Cordas incrível, uma cantora com um magnífico timbre vocal e dois talentosos maestros juntos para prestar uma bela e sensível homenagem a Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim.
Antônio Brasileiro, o Maestro Soberano, partiu, há 25 anos, em uma fria manhã de dezembro, em Nova York, nos deixando como herança uma obra singular e original, popular e sofisticada. Influências de compositores eruditos, harmonias do jazz e elementos tipicamente brasileiros resultaram em canções que marcaram gerações e levaram a música brasileira a experimentar uma projeção internacional inédita. 
Por seu legado, o maior expoente de todos os tempos de nossa música merece ser celebrado e o show cujos arranjos ficaram a cargo dos maestros Rafael Barros Castro (piano e voz) e Jaime Alem (voz e violão) cumpriu essa missão muito bem. Juntaram-se a eles, no palco do Teatro Riachuelo, a cantora Nair Cândia e o Quinteto de Cordas da OSRJ - Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro, formado por André Cunha (violino), Leonardo Fantini (violino), Bernardo Fantini (viola), João Bustamante (violoncelo) e Cláudio Alves (contrabaixo acústico).
O repertório escolhido evidenciou a riqueza da obra de Tom Jobim e seu talento como músico e letrista. Entre as canções selecionadas estavam “Correnteza”, que foi cantada em trio, “Insensatez”, “Anos Dourados”, “Tereza da Praia”, onde Rafael e Jaime fizeram uma simpática dobradinha à la Dick Farney e Lúcio Alves, e “Chega de Saudade”, que contou com a participação da plateia. 
Bravíssimo!

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Quero Você

 Quero você colado em mim.
Quero você na minha pele.
Quero me perder na chama do teu prazer em mim.
Quero os teus lábios grudados aos meus.
Quero você todo só para mim.
Quero me achar na perdição do teu calor.,
 Pois o fogo que te abraça é o mesmo fogo que me beija.
Quero viver a intensidade da tua chama dentro do teu amor por mim.
 Quero a música que nos rodeia,
 Compondo o passo-a-passo do nosso encontro.
 Quero a eternização de nós dois juntos na pureza da alma contida no coração a dois.
Quero simplesmente você da forma mais simples e especial em todas as manhãs na minha vida.
 Quero despertar no prazer do teu corpo,
 Depois de adormecer no teu fogo intenso da paixão.
E assim será todos os dias daqui por diante,
Pois nós dois fomos abençoados com a luz do amor
Que brilha dentro de nós por querer cada vez mais estarmos juntos e unidos num só coração
 Em toda a pureza e chamas de amor na nossa alma
 Que reluz o fogo da paixão pelos desejos ardentes
Onde pela primeira vez aprendemos o que é amar!!

Ana Cavalieri


Imagem: Pinterest.