Eis que chegou o Natal! É um dia mágico! Um misto de nostalgia e alegria. O primeiro talvez seja produto da saudade de antigos natais, mas o segundo é resultado do encontro, da reunião, dos abraços e desejos de felicidade, amor e paz, afinal estamos comemorando o aniversário do Ser mais incrível que habitou a Terra: Jesus Cristo.
Imagem: Pinterest. |
Dia desses, nos perguntávamos como teria surgido a comemoração do Natal. Descobrimos que foi somente no século IV que o dia 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial e que antes disso, o Natal era comemorado em diferentes datas, pois não se sabia com exatidão o dia do nascimento de Jesus. Na Roma antiga, 25 de dezembro marcava o início das celebrações em homenagem ao nascimento do deus sol - Natalis Solis Invictus - e muitos acreditam que haja uma relação entre esse fato e a oficialização da comemoração do Natal. Alguns escritores cristãos primitivos relacionaram o renascimento do "Sol Invicto" com o nascimento de Jesus: "Ó, quão maravilhosamente agiu Providência que naquele dia em que o Sol nasceu ... Cristo deveria nascer", escreveu Cipriano de Cartago; João Crisóstomo, arcebispo de Constantinopla, fez a mesma ligação - "Mas nosso Senhor, também, nasce no mês de dezembro... Os oito antes das calendas de janeiro [25 de dezembro]..., Mas eles chamam de 'Aniversário do Invicto'. Quem de fato é tão invencível como Nosso Senhor...? Ou, se eles dizem que é o aniversário do Sol, Ele é o Sol da Justiça". Logo, com a cristianização da festa do Sol, passou-se a celebrar o nascimento da luz verdadeira que ilumina o mundo: Jesus Cristo.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, tempo levado pelos Três Reis Magos para chegar a Belém e presentear o Menino Jesus com incenso, ouro e mirra.
Uma das mais populares tradições associadas à celebração do Natal é a árvore de Natal. Nas vésperas do solstício de inverno, os povos pagãos da região dos países bálticos cortavam pinheiros, os levavam para suas casas e os enfeitavam de forma semelhante às nossas atuais árvores de Natal. Essa tradição foi passada aos povos Germânicos, que colocavam presentes para as crianças sob o carvalho sagrado de Odin - o principal deus da mitologia nórdica. No início do século XVIII, o monge beneditino Bonifácio de Mogúncia tentou acabar com essa crença pagã na Turíngia, onde era missionário, cortando com um machado um pinheiro sagrado venerado pelos locais no alto de um monte. Sem sucesso, decidiu associar o formato triangular da árvore à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Nascia, então, a árvore de Natal. Outra versão para sua origem é a de que Martinho Lutero, em 1530, caminhava à noite pela floresta e ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve e das estrelas que brilhavam no céu. Lutero resolveu reproduzir a bela imagem em sua casa:
(...) colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
Imagem: Google. |
No Natal de 1223, São Francisco de Assis montou o primeiro presépio, na floresta de Greccio, comuna italiana na região do Lácio. Ele queria explicar às pessoas mais simples como havia sido o nascimento de Jesus Cristo e seu significado. Acima da manjedoura foi improvisado um altar, no qual foi celebrada a missa da meia noite. São Francisco cantou solenemente o Evangelho e fez um comovente sermão sobre o nascimento do Menino Jesus.
Outra das mais populares tradições natalinas é a figura do Papai Noel. O homem rechonchudo, alegre, de barba branca, trajando casaco e calças vermelhos com detalhes em branco, cinto e botas de couro preto foi inspirado em São Nicolau, arcebispo de Mira, na Turquia, no século IV, que costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras, colocando sacos com moedas de ouro na chaminé das casas.
Tradições à parte, não nos esqueçamos da verdadeira razão do Natal: celebrar o nascimento de Jesus. Celebremos o Senhor e tudo o que Ele representa!
Um lindo e muito feliz Natal para você, sua família, seus amigos!
Até a próxima! :)
Fontes:
ALDAZABAL, José. A celebração na igreja 3 - ritmos e tempos da celebração. Edições Loyola: São Paulo, 2000. 545 p.
NATAL. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Natal. Acesso em 25 dezembro de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário