quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Rumo aos oceanos.

Você busca a folha em branco,
Você escreve a primeira letra,
Você escreve a primeira palavra,
Você escreve a primeira frase,
Quando você percebe,
Você deu vida às linhas em branco,
Você quebrou o silêncio do papel,
Você deu vida a uma nova história que  se inicia.
E no decorrer dessas linhas,
Você só  precisa de uma singela folha de papel, uma caneta
E um lugar que te traga paz, e a leveza da alma.
Talvez um lugarejo simples que componha a paisagem do seu ser  interior.
Uma rede na varanda, num lugarejo em uma vila de pescadores,
Uma casa simples, uma escrivaninha na sala, cortinas a balançar,
A areia compõe a casa,
Pois o vento é  forte.
A brisa acalma a alma.
Mas o vento é forte e traz Continuamente como você ,
Chegar no caminho das conchas do mar.
Você caminha descalço pelas pedras, areia e conchas.
Você  se corta, se machuca muitas vezes.
Mas você continua a sua travessia,
Até o  ponto de você  atingir o mar,
O oceano que você  avistou através da  serenidade,
Muitas vezes esquecidas pelos mortais.
Só quem avista os oceanos espalhados pelos continentes,
São os apaixonados que com toda determinação da alma,
Nunca desistem de alcançar,
O que idealizou , a história que escreveu nesse singelo papel.
Portanto, força ao caminhar,
Mesmo com os pés sangrando,
Pelos cortes da caminhada,
Você se dá conta ,
Que você  merece o melhor na sua vida.
E  o melhor para você,
É  tudo aquilo que você traçou como meta.
E não  serão os cortes nos pés,  as pedras pontudas, as areias grossas,
Que irão te impedir de colher cada CONCHA, espalhadas no CAMINHO DA VITÓRIA.
Rumo à atravessar os oceanos.

Ana Cavalieri 

Foto: Pinterest.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Um poema de “Literatura de Quintal”, de Thiago S. Bechara

Reflexo


E olhos vidrados no frio da janela 

Desta janela,
cada quintal
é uma parte desta gelosia.
E, cada qual, com sua esperança e sua melancolia,
a reservar-nos a incerteza de qualquer procela 
e a escuridão tão própria deste dia!

Thiago Sogayar Bechara

Poema publicado no livro “Literatura de Quintal” (Ed. Patuá, 2013, p. 72).

Imagem: Pinterest.

Sobre o autor e a obra

O paulistano Thiago Sogayar Bechara é poeta, contista, biógrafo e jornalista, além de realizar pesquisas nas áreas de música, teatro e cinema.
Em julho de 2013, lançou “Literatura de Quintal”, seu sétimo livro, o terceiro de poesia. Nele, o autor compartilha conosco o material poético acumulado ao longo de dez anos, com temáticas ligadas às memórias da época em que vivia em Ribeirão Claro, município paranaense onde ainda hoje mora parte de sua família. 
Para saber mais detalhes sobre o trabalho do autor e seus projetos, acesse seu site. O endereço é www.thiagobechara.com.br

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

O piloto do amor.

No deslizar das suas mãos em total  sintonia com as minhas,
Suas mãos percorrem todo o meu corpo no encontro dos desejos  do querer a felicidade pilotando os nossos corações.
E você está no comando pilotando a minha vida,
Pois o meu piloto é  você.
Você  pilota todos os detalhes que estão em seu comando.
E pouco a pouco você vai descobrindo todo o meu prazer.
Venha, pode pilotar cada detalhe do meu corpo, do meu querer.
Eu quero você  nesse comando.
Pois sou TUA.
TODA TUA.
SOMENTE TUA.
SEMPRE TUA.
TUA..............
SEMPRE e para SEMPRE TUA.
Te desejo a todo INSTANTE da mesma forma que você deseja à mim.
Eu te convido para você ser o PILOTO do meu coração ,da minha  alma, e do meu corpo, por todo o SEMPRE em nossas VIDAS.
Portanto agora você é o meu PILOTO,
O meu COMANDANTE,
O meu B...,
Te espero, venha pilotar a minha VIDA
E eu vou pilotar a partir de agora a sua FELICIDADE.
Suas noites de solidão se acabaram,
Pois eu jamais o deixarei só.
Pois somente eu posso sentir tudo que você  sente através do seu coração.
Pois o seu comando faz com que você sinta o meu coração pulsando cada vez mais por você.
Pois só  você conhece a minha essência.
Pois  só você conhece o meu avesso.
Pois só você conhece os meus DESEJOS.
Você é o B... do meu coração,
Dos meus pensamentos ,
Da minha VIDA.
Sendo assim, você me pilotando INTEIRA  e eu pilotando o seu querer .
Nessa nave ,só cabe um lugar,O MEU CORAÇÃO JUNTO AO SEU.
TE AMO !!!

Ana Cavalieri 


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Meu Anjo Protetor

Quando penso em um Anjo
Só você vem em minha mente.
Quando penso em Felicidade,
Só vem a sua energia com magnitude em mim.
Quando penso no Amor,
Só vem você todos os dias me cobrindo de beijos.
Quando penso em Plenitude,
Só vejo você pertencendo a mim
E eu pertencendo a você.
Quando penso em Calor em Chamas,
Só vem o seu corpo quente desejando o meu.
Quando penso em Desejos,
Só vem você, 
Composição mais perfeita que existe dentro de nós.
Quando penso em Querer,
Só penso em você todos os meus dias,
Contando os segundos para te encontrar.
Quando penso em Você,
Penso no seu querer em me querer.
A tua energia tem calor de fogo ardente.
Tem a magnitude de proteção que adoça a minha vida de mel todos os meus dias.
Você é o meu Anjo Protetor,
Desde que você se inseriu tomando conta de mim.
Quero gritar ao mundo o quanto eu o amo.
O quanto tudo é puro e verdadeiro.
O quanto é indescritível você ser o meu Anjo Protetor.
É indescritível amar você.
É intenso ser amada assim por você,
Dessa forma única.
Por isso eu só penso em você,
Por isso eu só quero você,
Por toda a energia e por tudo que você me transmite.
Você é o Meu Anjo Protetor.
Te amo Amor.

Ana Cavalieri

Imagem: Pinterest.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Fernando Pessoa: o poeta fingidor

Almada Negreiros, “Retrato de Fernando Pessoa”, 1964.

“O poeta é um fingidor / Finge tão completamente / Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente. / E os que leem o que escreve, / Na dor lida sentem bem, / Não as duas que ele teve, / Mas só a que eles não têm. / E assim nas calhas de roda / Gira, a entreter a razão, / Esse comboio de corda / Que se chama coração.” (Autopsicografia)

 Com estes versos, escritos em 01 de abril de 1931,  Fernando António Nogueira Pessoa descreveu o poeta e o seu fazer literário, atividade pela qual tornou-se conhecido em todo o mundo.
Das quatro obras publicadas por Pessoa em vida, três são em língua inglesa. Além de poeta, Fernando foi filósofo, dramaturgo, ensaísta, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário, comentarista político e tradutor. Pôs em língua portuguesa textos de Shakespeare e Edgar Allan Poe e em língua inglesa, obras de António Botto e Almada Negreiros.
Enquanto poeta, deu vida a outras personalidades. Seus heterônimos mais famosos são Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sendo os dois primeiros objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e obra. E sobre uma possível biografia, Pessoa escreveu: 

Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.”
 De fato, seus heterônimos primorosamente construídos, “poetas inteiros” - alguém tão bem disse -, suscitam o questionamento se o autor teria deixado, em algum momento, transparecer seu verdadeiro “eu”. Ou teria sido sua grande criação estética tão somente o resultado de suas várias formas de ver o mundo? 
Seja como for, Fernando Pessoa é um dos mais célebres poetas portugueses. Seus últimos 15 anos de vida foram passados na companhia da mãe e da meia-irmã, naquela que hoje é a Casa Fernando Pessoa, um espaço cultural, em Lisboa, onde se respira poesia. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Roma, de Alfonso Cuarón

Roma

(México, 2018)

Gênero: Drama
Direção: Alfonso Cuarón
Elenco: Yalitza Aparício, Marina de Tavira, Nancy García, Daniela Demesa, Marco Graf.
Duração: 2h15min
Sinopse: Na Cidade do México dos anos de 1970, uma família de classe média tem sua vida transformada por uma série de acontecimentos.

Foto: Divulgação/Netflix.
Cris Lagoas 
@acrislagoas

Vencedor do “Leão de Ouro” no Festival de Veneza e do “Critics Choice Awards” de melhor filme, o mexicano “Roma”, de Alfonso Cuarón, não tem qualquer relação com a capital italiana, mas com o bairro onde o cineasta passou sua infância. A obra, filmada em preto e branco, conta a história de Cléo, uma jovem que trabalha como empregada doméstica, na casa de uma família de classe média, na Cidade do México, em início dos anos de 1970. No período de um ano, muitos acontecimentos irão abalar a vida desta família, desde a gravidez de Cléo à separação de seus patrões.
O relato cru sobre as realidades cotidianas e as desigualdades sociais e raciais dá ao filme nuances de neorrealismo italiano, mas com pitadas de emoção que vão da desolação causada pelo abandono, seja ele físico, emocional ou social, até a esperança trazida pelo recomeço. 
O filme é permeado por fatos autobiográficos, desde sua dedicatória à Libo, a Cléo da vida real, passando pelos aviões cruzando os céus da cidade, até o recurso narrativo do “metarrelato”, onde outras produções cinematográficas são homenageadas pelo autor.
“Roma” transcende o bairro mexicano que leva seu nome e o relato sem máscaras do abismo social existente entre seus personagens. Como seu anagrama, “Roma” fala de amor. Da pureza do amor de crianças por sua babá. Do amor amigo. Do amor que idolatra. Do amor entre homem e mulher. Do amor ingênuo que se deixa enganar. Da falta de amor.

Alfonso Cuarón fez de “Roma” uma bela, sensível, envolvente e inesquecível poesia em preto e branco, provando que o colorido da vida nada mais é que a mistura harmônica dos sentimentos e experiências pelas quais passamos, enquanto vamos trilhando nosso caminho rumo a tão almejada felicidade.





quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Um Dentro do Outro

Você e eu
Eu e você
Você dentro de mim
Eu dentro de você.
Todo o espaço do Universo
Nos remete a um único lugar
O lugar onde dois corações apaixonados podem se amar.
E esse lugar é único
Porque dois corações foram transformados em apenas um.
O nome desse lugar sou eu,
O nome desse lugar é você.
O seu coração em mim,
O meu coração em você.
Tudo se transforma numa perfeita composição química.
Nessa junção, tudo se mistura a um somatório de energias.
“Eu” mais “Você” é igual a Vida.
“Você” mais “Eu” é igual a Vida.
Nesse somatório, vai pouco a pouco desencadeando a mistura perfeita.
E o nome dessa mistura química se chama Felicidade.
E é essa Felicidade de ter você compondo a minha vida,
E eu compondo a sua.
E tudo se transforma em apenas um coração.
O seu coração em mim.
O meu coração em você.

Ana Cavalieri


Imagem: Pinterest.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

70? Década do Divino Maravilhoso - Doc.Musical

Um passeio musical pela década de 1970
Foto: Cris Lagoas.


 Ana Cavalieri
@anagcavalieri

Cris Lagoas 
@acrislagoas


O palco do Theatro NET Rio assume a forma de uma enorme vitrola pela qual passam canções que foram sucesso na década de 1970, interpretadas por 24 atores-cantores e bailarinos, acompanhados por uma orquestra de 10 músicos. Além das músicas, o espetáculo apresenta um rico arquivo de fotos, capas de revistas, jornais e vídeos, com acontecimentos que marcaram a época.
Tal como em um disco de vinil, a peça de Frederico Reder e Marcos Nauer se divide em “Lado A”, que abarca os anos de 1970 a 1976, e “Lado B”, de 1977 a 1979. Este último conta com a participação especial das Frenéticas Dhú Moraes, Leiloca Neves e Sandra Pêra, que, com a simpatia e alegria que lhes são peculiares, fazem com que a plateia caia na gandaia e entre, literalmente, na festa.
Entre um lado e outro, há um intervalo de 15 minutos. É aí que entra em ação a dupla cômica formada por Tauã Delmiro e Rodrigo Naice para divertir a plateia com uma espécie de “stand up” com direito à aula de dança. Os atores convidam uma pessoa da plateia para subir ao palco e fazer a demonstração de uma dança, no caso, “Stayin’ Alive”, música tema do filme “Os Embalos de Sábado à Noite”, gravada, em 1977, pelo Bee Gees.


Foi um espetáculo maravilhoso e contagiante! Um dos momentos mais divertidos foi a interação dos atores descendo do palco e se misturando a plateia, dançando freneticamente.
“70? Década do Divino Maravilhoso” é parte do projeto iniciado por “60! Década de Arromba - Doc.Musical”. Que venham 80, 90, 00!!!


quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

O Recomeço

Hoje eu começo a escrever um novo livro,
Uma nova história.
A história que eu mereço viver.
E na minha nova história de vida,
O meu protagonista se chama FELICIDADE.
E o seu sobrenome se chama “VOCÊ”.
E é a nossa história de amor que eu começo a escrever hoje
No meu livro e no livro do meu coração.
E nele somente a você foi dado o privilégio de conhecer.
Eu permiti que você conhecesse cada canto, cada atalho,
E permiti que você fosse entrando pouco a pouco dentro de mim
Até me conhecer por inteira.
O meu coração não usa máscaras,
Pois com você nunca precisei usá-las.
Pois o seu amor por mim teria que ser real assim como é.
Jamais eu queria que você tivesse se apaixonado por uma fantasia.
Somente você pode conhecer a minha essência.
E são poucas as pessoas que eu permito entrar nesse lugar tão privilegiado
E almejado por muitos.
Mas são poucos que têm lugar cativo e que podem entrar sem pedir licença.
Pois você já faz parte de cada “pulsar” do meu coração
Que transborda de felicidade por você protagonizar toda essa nova história que está no meu livro,
Que ensina e aprende o que é amar.
Que ficará eternizado dentro de nós, de nossas vidas.
Vem, pode tomar posse do lugar que está reservado somente a você,
Meu amor.
Meu coração ama amar o seu coração.

Ana Cavalieri 


Imagem: Pinterest.