sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

OSB: Uma Noite em Viena

Cidade da Valsa foi inspiração para Concerto de encerramento da Temporada 2018 da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Foto: Cris Lagoas.


 Ana Cavalieri 
@anagcavieri

Em um verdadeiro baile em Viena. Foi assim que me senti no último dia 26, numa apresentação indescritível da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), sob a regência do Maestro Lee Mills.
Indiscutivelmente, a forma como Lee toma o palco e se comunica com os musicistas e, ao mesmo tempo, interage com a plateia é como a leveza das Valsas de Johann Strauss Jr. Sua sintonia e leveza faz com que a plateia se sinta nos grandes salões de Viena. Toda a sua forma carismática de conduzir o Concerto torna-o um espetáculo imperdível. Tive vontade de eternizar aquele momento como sendo único.
A entrada dos bailarinos do “Palco 42 - Dança e Arte” tornou o Concerto ainda mais real nos Salões Vienenses.
A entrega dos músicos é perceptível e todo o público se contagiou pela emoção transmitida por eles.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O Chamado

Seu coração acelera agora por mim,
Por me amar,
Por me desejar,
Por me querer para sempre na sua vida.
Nossas vidas têm urgência de serem felizes.
Através do seu primeiro passo,
Você me chamou através do seu coração.
Em seguida, eu dei o próximo passo.
Rompendo montanhas,
Rompendo barreiras,
Rompendo tudo que eu encontrei pela minha frente.
E chegando até você,
Atravessei barreiras até então intransponíveis,
Mas atravessei.
Cheguei até o seu coração.
Nós nos encontramos.
Nos amamos.
Nos conectamos.
Nos sintonizamos.
Nos interligamos por todo o sempre em nossas vidas,
Compartilhando com você todo o segredo do amor.
Nossos corações estão em chamas de querer.
Nossos corpos estão totalmente interligados um ao outro para sempre.
Nossos olhos irradiando o olhar apaixonado
E o verdadeiro sentido do que é o amor de verdade e único.
É intenso.
É indescritível.
É forte.
É único.
A forma de amar intensa
Que nos toma nos braços
Da sinfonia do fogo existente
Arrebatadoramente dentro de nós.

Ana Cavalieri 

Imagem: Pinterest.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Então é Natal...

Eis que chegou o Natal! É um dia mágico! Um misto de nostalgia e alegria. O primeiro talvez seja produto da saudade de antigos natais, mas o segundo é resultado do encontro, da reunião, dos abraços e desejos de felicidade, amor e paz, afinal estamos comemorando o aniversário do Ser mais incrível que habitou a Terra: Jesus Cristo.

Imagem: Pinterest.
Dia desses, nos perguntávamos como teria surgido a comemoração do Natal. Descobrimos que foi somente no século IV que o dia 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial e que antes disso, o Natal era comemorado em diferentes datas, pois não se sabia com exatidão o dia do nascimento de Jesus. Na Roma antiga, 25 de dezembro marcava o início das celebrações em homenagem ao nascimento do deus sol - Natalis Solis Invictus - e muitos acreditam que haja uma relação entre esse fato e a oficialização da comemoração do Natal. Alguns escritores cristãos primitivos relacionaram o renascimento do "Sol Invicto" com o nascimento de Jesus: "Ó, quão maravilhosamente agiu Providência que naquele dia em que o Sol nasceu ... Cristo deveria nascer", escreveu Cipriano de Cartago; João Crisóstomo, arcebispo de Constantinopla, fez a mesma ligação - "Mas nosso Senhor, também, nasce no mês de dezembro... Os oito antes das calendas de janeiro [25 de dezembro]..., Mas eles chamam de 'Aniversário do Invicto'. Quem de fato é tão invencível como Nosso Senhor...? Ou, se eles dizem que é o aniversário do Sol, Ele é o Sol da Justiça". Logo, com a cristianização da festa do Sol, passou-se a celebrar o nascimento da luz verdadeira que ilumina o mundo: Jesus Cristo.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, tempo levado pelos Três Reis Magos para chegar a Belém e presentear o Menino Jesus com incenso, ouro e mirra.
Uma das mais populares tradições associadas à celebração do Natal é a árvore de Natal. Nas vésperas do solstício de inverno, os povos pagãos da região dos países bálticos cortavam pinheiros, os levavam para suas casas e os enfeitavam de forma semelhante às nossas atuais árvores de Natal. Essa tradição foi passada aos povos Germânicos, que colocavam presentes para as crianças sob o carvalho sagrado de Odin - o principal deus da mitologia nórdica.  No início do século XVIII, o monge beneditino Bonifácio de Mogúncia tentou acabar com essa crença pagã na Turíngia, onde era missionário, cortando com um machado um pinheiro sagrado venerado pelos locais no alto de um monte. Sem sucesso, decidiu associar o formato triangular da árvore à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Nascia, então, a árvore de Natal. Outra versão para sua origem é a de que Martinho Lutero, em 1530, caminhava à noite pela floresta e ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve e das estrelas que brilhavam no céu. Lutero resolveu reproduzir a bela imagem em sua casa:
(...) colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
Imagem: Google.

No Natal de 1223, São Francisco de Assis montou o primeiro presépio, na floresta de Greccio, comuna italiana na região do Lácio. Ele queria explicar às pessoas mais simples como havia sido o nascimento de Jesus Cristo e seu significado. Acima da manjedoura foi improvisado um altar, no qual foi celebrada a missa da meia noite. São Francisco cantou solenemente o Evangelho e fez um comovente sermão sobre o nascimento do Menino Jesus.
Outra das mais populares tradições natalinas é a figura do Papai Noel. O homem rechonchudo, alegre, de barba branca, trajando casaco e calças vermelhos com detalhes em branco, cinto e botas de couro preto foi inspirado em São Nicolau, arcebispo de Mira, na Turquia, no século IV, que costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras, colocando sacos com moedas de ouro na chaminé das casas.
Tradições à parte, não nos esqueçamos da verdadeira razão do Natal: celebrar o nascimento de Jesus. Celebremos o Senhor e tudo o que Ele representa! 
Um lindo e muito feliz Natal para você, sua família, seus amigos!
Até a próxima! :)

Fontes:
ALDAZABAL, José. A celebração na igreja 3 - ritmos e tempos da celebração. Edições Loyola: São Paulo, 2000. 545 p.

NATAL. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Natal. Acesso em 25 dezembro de 2014.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

A Sua Intensidade Transcende o Universo

Você é tão intenso que transcende o Universo.
O Universo nos proporciona um amor imensurável.
É tudo muito forte.
É lindo.
É a nossa alma falando e compondo o nosso amor.
As estrelas brilham por nós dois.
O Sol sorri todas as manhãs depois de nos amarmos intensamente durante toda a noite.
O céu quando amanhece,
Ele se abre com um lindo sorriso exposto em seu rosto,
Onde o sorriso são as estrelas a despertarem.
À noite, o céu se prepara para embalar-nos no amor
De forma única e especial em nossas vidas.
O Universo canta sorridentemente a cada encontro de alma.
O mar nos dá banhos diários de felicidade.
A brisa beija o meu rosto
Com o calor da tua boca.
A brisa beija o teu rosto
Com o beijo doce dos meus lábios
Depois de você ter beijado os meus lábios com o mel da sua boca
Embebido com o amor doce que você me tem.
A areia fina, da praia deserta
É o caminhar mais seguro que eu posso ter,
Pois você caminha junto à mim de mãos  dadas,
Onde eu posso caminhar com os meus olhos que veem através do teu olhar.
Eu não preciso me preocupar por onde eu caminho,
Eu sei que o meu caminhar é  seguro,
Pois você me leva na leveza da sua alma,
Todo o meu caminhar é seguro através das suas mãos
E você me leva no colo do seu amor, através  dos seus braços fortes.
Você  me leva para um lugar seguro
Onde eu vejo que ele é  o lugar mais seguro que você quer residir junto à mim.
Você  abre uma porta enorme,
Onde somente eu tenho acesso a entrar e permanecer lá por todo o sempre.
Você acaba de abrir a porta do seu imenso coração
Somente para mim!
Ele é  simplesmente incrível, lindo, indescritível.
E eu, a partir de então, passo a morar dentro dele eternamente.
E seu coração  é  tão intenso  e bate tão  forte,
Que eu pude entrar com o meu coração pulsando cada vez mais  por você,
Até você perceber que você mora no meu coração
Que está totalmente dentro de você.
Hoje eu vivo por você!
Hoje eu vivo por te amar!
Hoje eu vivo por te querer!

Ana Cavalieri 

Imagem: Pinterest.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Uma Noite em Harmonia com a OSB


Alegre, emocionante e lindo, tal como o Natal!


Cris Lagoas 
@acrislagoas


Nunca um Concerto de Natal tivera tanto significado para mim. Este foi o meu primeiro espetáculo da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), fora do YouTube. Acabou se tornando tipo um sonho realizado, sabe? Seja qual for o programa ou a quem quer que seja o tributo, os ingressos sempre esgotam tão rápido! Fato esse que me gerou uma grande expectativa, que foi magistralmente superada! Maestro, músicos... uma verdadeira “Noite em Harmonia”! E uma certeza: a de que uma coisa que nenhuma high definition jamais superará é a emoção de se ouvir uma Orquestra em uma sala de concertos.
Já nos primeiros acordes da Suite do balé “O Quebra Nozes”, que abriu o concerto, a emoção tomou conta do público, que aplaudiu de pé cada uma das canções executadas pela Orquestra.
Sob a regência de seu Maestro Residente, o norte-americano Lee Mills, a OSB apresentou o programa especial de Natal “Uma Noite em Harmonia” do qual, além da suite sinfônica do balé “O Quebra Nozes”, de Piotr Ilitch Tchaikovsky, fez parte “Troika”, da suíte Tenente Kijé do também russo, Sergei Prokofiev, “O Danúbio Azul”, famosa valsa de Johann Strauss Jr, e “Um Festival de Natal”, de Leroy Anderson, que encerrou a noite em grande estilo com músicas como “Noite Feliz”, “Alegria ao Mundo”, “Jingle Bells” e outras populares canções natalinas.
Esbanjando simpatia e emprestando um adorável sotaque ao nosso carioquês, Lee Mills compartilhou com a plateia informações sobre as obras integrantes do programa. Contou, por exemplo, de forma resumida, a história de “O Quebra Nozes”: um boneco quebra-nozes leva uma menina chamada Clara a um mundo de sonhos e fantasias, onde ela conhece personagens como soldados, ratos, anjos, fadas, cossacos e tantos outros. Explicou que “Troika” representa um tradicional trenó russo e que a melodia e o ritmo da obra imitam o trote dos cavalos que o puxam. Convocou o público a cantar famosas canções de Natal. Pediu que acompanhássemos a Orquestra com palmas. Convidou-nos para os próximos concertos, dias 26 e 27, encerramento da Temporada 2018, “Uma Noite em Viena”, que apresentará valsas, polcas e marchas, um programa para celebrar o fim de ano.
É encantador ver a paixão e a energia com que o jovem Maestro rege seus talentosíssimos músicos. O resultado é o belíssimo espetáculo de uma Orquestra que se mostra capaz de cativar um público eclético, desde crianças, passando por pessoas pouco habituadas à música clássica, até ouvintes mais experientes.
Pelo que se vê, a Orquestra Sinfônica Brasileira, fundada em 1940 pelo maestro José Siqueira, tem cumprido muito bem sua missão de atrair novos públicos para a música sinfônica e incentivar novos talentos. A OSB soma mais de cinco mil concertos, ao longo de seus 78 anos de existência. Seus espetáculos acontecem na Cidade das Artes, na Sala Cecília Meireles e no Theatro Municipal, as três mais importantes salas dedicadas à música de concerto da cidade do Rio de Janeiro.
Em suma, foi uma noite única... Bravíssimo!




terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Navegando em Um Mar de Brinquedos

Walter Nomura, o Tinho, e sua nova exposição com curadoria 
de Marcus de Lontra Costa.

Entrada da exposição de Tinho, na Galeria
Movimento. Fotos: Cris Lagoas.

Ana Cavalieri
@anagcavalieri

O artista plástico Tinho homenageia a infância na sua nova exposição. Toda a sua obra é um aprofundamento das ideias contidas a obra “Mar de Brinquedos”. A tela compõe a série “Sete Mares”. Nas suas referências, o artista explora ideias oriundas da moda, decor, livros, shapes, filmes e obras de arte.
 Em suas obras apresenta pinturas a óleo, “Quem me navega é o Mar”, que tem como ponto principal a viagem pela subjetividade infantil. Tinho se identificou e escolheu o “Mar de Brinquedos” com o objetivo do desdobramento das suas sete telas, que são compostas pela formação do ser humano no ambiente metropolitano.
É através do lúdico que a criança experimenta coisas que observa do mundo real, o que se transforma no mundo imaginário da criança.
O imaginário infantil navega por diversos símbolos nas primeiras fases da idade. E o imaginário navega seguindo na companhia de um dos ícones da obra de Tinho, “O Boneco de Pano”. Ele apresenta esse boneco de pano de várias formas expostas na galeria. Com isso, Tinho convida o público à reflexão. Ele acredita que através da fantasia e dos mitos infantis, as pessoas consigam transformar suas realidades e possam lidar de melhor forma com suas questões internas.

Uma das obras em exposição.

 Portanto, o artista plástico nesta exposição convida o público a interagir com ele de forma lúdica, através da doação de brinquedos. Foi instalado no átrio do Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana, onde se localiza a Galeria Movimento , a arrecadação dos brinquedos doados que serão entregues ao Instituto da Criança  e distribuídos para as crianças carentes.
Sua exposição ficará em cartaz até o dia 05 de janeiro de 2019, na Galeria Movimento Arte Contemporânea - Avenida Atlântica 4.240, lojas 212 e 213.

O mar de brinquedos no átrio do Shopping Cassino Atlântico.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Dado Villa-Lobos no Deck do Village Mall

Músico e sua banda empolgaram o público com hits do Legião Urbana 

Foto: Divulgação/ VillageMall 
Cris Lagoas
@acrislagoas 

 O músico Dado Villa-Lobos e sua banda subiram ao palco do Festival da Lua Cheia, na última quinta-feira, dia 13, para apresentar canções de seu quarto álbum solo, “Exit”, além de relembrar clássicos do Legião Urbana, como “Tempo Perdido”, “Será?” e “Que País é Esse?”, que encerrou o pocket show.
Fundada em 1982, em Brasília, por Renato Russo e Marcelo Bonfá, a banda Legião Urbana também contou com Dado Villa-Lobos e Renato Rocha em sua formação clássica e foi uma das mais importantes bandas de rock do Brasil. Esteve na ativa até o ano de 1996, quando Renato Russo, seu vocalista e letrista, faleceu.
De acordo com o “Pró-música Brasil”, o Legião Urbana vendeu mais de 25 milhões de discos, em seus 14 anos de atividade. A banda foi e continua sendo uma das mais bem-sucedidas do país, já que poucas tiveram tanto alcance e tantos hits que reverberam desde a geração coca-cola à geração nutella. “Será?”, “Ainda é Cedo”, “Quase sem Querer”, “Monte Castelo”, “Angra dos Reis”, “Vento no Litoral”, “O Teatro dos Vampiros”, “Faroeste Caboclo”... Como não amar Legião?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O Sentir

Te amo.
Te quero.
Te desejo a cada instante.
Você é a composição mais linda que eu já fiz.
É a execução mais suave,
E, ao mesmo tempo, a mais forte
De todos os tempos.
É a determinação em busca das realizações dos sonhos,
Que mesmo diante das dificuldades,
Nunca desisti de ser feliz ao seu lado.
É impossível desistir de algo
Que você não consegue ficar um segundo sem pensar.
É impossível desistir de algo que te faz viver.
O que me determina hoje
É focar na precisão de tê-lo ao meu lado,
Com o olhar mais puro e sincero,
Que é o seu quando olha e foca em mim,
É o seu desejo de me desejar.
O seu olhar é a inspiração,
Que fornece a calmaria que eu preciso ter.
É através do teu olhar,
Que eu vejo e sinto todo o amor,
Que você sente quando encontra
Com os meus olhos.
E sinto todo o fogo da chama
Da paixão que arde nas mais doces
Palavras de desejos,
De querer todo esse amor em chamas
Para sempre em nossas vidas.

Ana Cavalieri 
Imagem: Pinterest.


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O Concerto de Natal da OSRJ

 Sob a regência do maestro Rafael Barros Castro, a Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro apresentou obras do repertório clássico tradicional e belas canções de Natal nacionais e internacionais 

Foto: Ana Cavalieri.


Ana Cavalieri
@anagcavalieri


 Na tarde de sábado, dia 8,  a Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro (OSRJ) realizou um belo Concerto de Natal, na Paróquia Santos Anjos, no Leblon, Zona Sul carioca.  No programa, uma seleção de obras do repertório clássico tradicional e canções de Natal como “White Christmas”, de Irvin Berlin,  que ganhou arranjos especiais do maestro  Rafael Barros Castro.  Dentre os clássicos apresentados estiveram “Valsa das Flores”, de Tchaikovsky, “Dança Húngara Nº 5”, de Brahms, e “O Danúbio Azul”, de J. Strauss.
 É emocionante ver a entrega com que Rafael e seus músicos realizam seu trabalho, proporcionando ao público um belíssimo espetáculo. 
 Três momentos do Concerto merecem destaque, tamanha a emoção despertaram nos presentes:  quando o maestro foi ao piano tocar duas canções; a execução da “Valsa das Flores”; e quando, a convite de Rafael,  a plateia cantou “Noite Feliz” , acompanhada pela Orquestra.
 Merecidamente, a OSRJ foi,  mais uma vez, aplaudida de pé. Bravíssimo!!!!!

Foto: Ana Cavalieri.

Próximos Concertos de Natal da Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro:
  • 15/12, às 19h30min - Sesc Teresópolis. Av. Delfim Moreira, 749 - Várzea, Teresópolis - RJ.
  • 16/12, às 16h - Sesc Tijuca (Teatro I). R. Barão de Mesquita, 539 - Rio de Janeiro - RJ.


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Contos Partidos de Amor

Gênero: Musical Infanto-juvenil
Direção: Duda Maia
Dramaturgia: Eduardo Rios
Direção Musical: Ricco Viana
Elenco: Diego de Abreu, Isadora Medella, Luciana Balby e Tiago Herz.
Sinopse: “Quatro pessoinhas amorosas e ciumentas revelam ao público suas verdades sobre as relações humanas.” (Divulgação CCBB - RJ)

Foto: Rai Júnior/ Divulgação
Um musical sobre amor e ciúme para toda a família 


Cris Lagoas
@acrislagoas

No palco do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), quatro músicos-atores e uma ousada tarefa: apresentar o amor e o ciúme, com suas nuances, para um público bastante jovem. Para tanto, a premiada diretora Duda Maia foi buscar inspiração na obra de Machado de Assis. E Eduardo Rios acolheu a ideia.
Machado lovers hão de identificar “A História da Fita Azul”, “A Cartomante” (aquele conto sobre um triângulo amoroso), “To Be Or Not To Be” (sobre um irresistível pé elegante) e “O Verme” (que descreve o ciúme como “um verme asqueroso e feio” que “morde, sangra, rasga e mina, suga-lhe a vida e o alento”). Vê-se até Bentinho e Capitu, o icônico casal de Dom Casmurro. Um “pedacinho” daqui, outro dali e um texto muito bem construído, além de prova definitiva da atemporalidade machadiana. 
Nas poltronas do Teatro II, olhos e ouvidos atentos aos diálogos inteligentemente montados com metáforas, jogos de palavras e muito bom humor, às músicas, aos gestos, aos figurinos e à dança. Todos estes elementos, aliados à harmonia cênica dos atores, levam ao público, de forma leve e divertida, um tema  que, ainda que seja parte do dia a dia de crianças e adultos, resulta complexo.
O espetáculo dá continuidade à trilogia “Três Histórias de Amor para Crianças”, iniciada em 2016 com a premiada montagem de “A Gaiola”, adaptação do livro homônimo de Adriana Falcão.

Onde e quando assistir?

Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66. Sábados, às 16h e 19h. Domingos, às 16h. Até 16 de dezembro.
Classificação: a partir de 6 anos.
Duração: 60 minutos.
Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia).
Vendas online: www.ingressorapido.com.br


sábado, 8 de dezembro de 2018

A Tour Mexicana de Daniel no NET Rio


Show reúne canções de DVD gravado ao vivo, no México, onde cantor foi recebido com entusiasmo pela plateia.
Foto: Cris Lagoas 
Ana Cavalieri
@anagcavalieri

Cris Lagoas
@acrislagoas

 Na terça-feira, dia 4, o ator-cantor Daniel Boaventura subiu ao palco do Theatro NET Rio, em Copacabana, para sua última apresentação do ano em solo carioca. 
 Aos primeiros acordes de “I’ve Got You Under My Skin”, os corações femininos pulsam, desencadeando gritos alucinados de “lindo!”, “gostoso!”. Daniel se sente à vontade e interage  naturalmente com o público. Conversa, brinca e pede aos presentes que sugiram canções. O resultado disso foram músicas que estavam fora de sua setlist, como “Hello Detroit”.
 Um dos momentos mais marcantes foi o dueto improvisado com a plateia de “The Girl From Ipanema”, música que originalmente gravou com Daniel Jobim, neto de Tom.
 O ponto alto e momento mais esperado do show foi o que aconteceu ao convite de Daniel, “está aberta a pista de dança!”: o teatro logo se transformou numa discoteca. Todos dançavam e cantavam freneticamente canções como “Celebration”, “A Little Respect”, “I Will Survive”, “Can’t Take My Eyes Off Of You”, entre outras.
 Sob aplausos e pedidos de bis, o carismático Daniel Boaventura cantou “New York, New York” com o público fazendo coro.
 O show “Tour Ao Vivo no México”  apresenta um Daniel em sua melhor versão.  Sua voz potente se harmoniza de forma perfeita com a de sua vocalista, Bianca Alencar, e com o som produzido pelos talentosos músicos que o acompanham nesta turnê - Alex Rocha (baixo), Cláudio Infante (bateria) e Bruno Alves (teclado).
 O cantor é garantia de casa lotada e seu sucesso ultrapassou fronteiras, chegando à Rússia. A convite   da Moscow City Symphony - Russian Philharmonic, subirá aos palcos, dias 18 e 19 de dezembro, para a gravação de um DVD ao vivo, que será lançado em maio de 2019. Até lá, podemos conferir suas canções nas plataformas digitais. 

Foto: Ana Cavalieri


O cantor e sua banda são calorosamente aplaudidos
pelo público. Foto: Cris Lagoas.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Meu Interior é Luz

Meu interior é Luz.
É luz do Sol,
É luz das Estrelas,
É luz do Universo.
Meu interior nunca ficou cinzento.
O Universo conspira ao meu lado.
O brilho dos meus olhos ninguém vai apagar.
Dentro de mim, eu tenho o brilho de viver,
Viver intensamente,
E viver intensamente ao seu lado.
Somos merecedores do amor,
Que o Universo nos reservou.
Em breve, o Universo nos unirá,
Para estarmos juntos e felizes para sempre,
Eu nos seus braços
E você nos meus braços.
O Tempo e o Universo conspiram a nosso favor.
Durante toda a sua vida, você me chamou.
Eu escutei o chamado do seu coração,
E vim até você.
Nós estamos totalmente conectados,
Interligados, enlouquecidos,
De tanto querer, de tanto amar.
Você me chamou,
E o meu coração escutou o teu chamado.
A forma intensa do seu querer,
É apaixonante em minha vida.
A forma como você me toma em seus braços,
A forma que você me toma no calor ardente do teu corpo,
E estamos envolvidos por inteiro,
No entrelaçar da alma da paixão,
De dois corações apaixonados,
Que ardem no Fogo do Desejo
Do querer embebido em chamas de prazer.

Ana Cavalieri

Imagem: Pinterest.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Surpreenda-se!

“Qual o seu preconceito? Já parou para refletir?”

Entrada da Sala VIP, local da exposição
“Reflexos”. Fotos: Cris Lagoas.

Cris Lagoas
@acrislagoas

A provocação de uma resposta às questões acima são o ponto de partida para a exposição “Reflexos”, do fotógrafo Eurivaldo Bezerra, em cartaz na Cidade das Artes, até o dia 10 deste mês. Em uma sala, estão expostas 20 fotografias, em preto e branco. Nelas, 20 personagens vestem burcas,  vemos apenas seus olhos. Seriam mesmo estes as janelas da alma?  Sem que sua identidade seja revelada, cada personagem tem, abaixo de sua imagem, um número e um texto descrevendo traços de sua personalidade e preferências. Além das fotografias, há painéis com frases famosas sobre o preconceito.
 Na sala seguinte, a revelação. Os 20 personagens têm seus rostos expostos em retratos coloridos.  Cor da pele, gênero, profissão, orientação sexual, religião, estado civil e outras características são apresentadas ao público. Entre os fotografados estão integrantes da comunidade LGBT,  empresários, ex-dependentes químicos, pessoas de diferentes religiões, artistas etc. 
 De acordo com Eurivaldo Bezerra,  a ideia é provocar uma reflexão sobre preconceito,  saber que reação teria o espectador ao se identificar com a personalidade de alguém e descobrir que este pode ser totalmente diferente dele.  Trata-se da desconstrução de estereótipos, através de um exercício de empatia,  a qual é, para Eurivaldo,  o agente transformador da sociedade.
 Eurivaldo Bezerra é  advogado. Sempre teve um olhar voltado para o social.  Antes de se dedicar totalmente à fotografia, já havia produzido imagens e livros sobre temas como autismo, adoção e velhice. Para ele, o atual cenário nacional faz com que seu trabalho ganhe força, pois é um momento no qual temos que olhar para nós. 

“ O preconceito tem que ser observado de dentro para fora. E precisamos tentar nos colocar no lugar do outro.”
Um dos painéis com frases célebres sobre o preconceito 


O olhar de um dos 20 personagens 


Identidades são reveladas em fotos coloridas.


Onde e quando assistir?

Reflexos
Sala VIP, Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300 - Barra da Tijuca.
De terça a domingo, das 10h às 18h.
Até dia 16 de dezembro de 2018.




terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O Japão na UERJ

Evento comemorou os 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil

O Tsuru, pássaro símbolo do Japão foi o tema central do
cenário do Teatro. Foto: O Japão na UERJ/Nádia Mathias.




Ana Cavalieri
@anagcavalieri

Há 110 anos, chegava a Santos (SP) o navio Kasato Maru e com ele os primeiros 781 imigrantes japoneses, cujo destino eram os cafezais paulistas. Com o passar do tempo, outros foram chegando para desenvolver atividades tanto rurais quanto urbanas. Hoje, seus descendentes já somam 1,9 milhão de pessoas, tornando-se a maior comunidade nipônica fora do Japão. 
Para celebrar um marco tão importante para a história dos dois países, eventos repletos de atrações tradicionais da cultura japonesa têm sido realizados Brasil afora. O Teatro Odylo Costa Filho, o “teatrão” da UERJ, foi palco de um destes eventos. Organizado pela Divisão de Teatro, o Departamento de Japonês do Instituto de Letras, a Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro (OSRJ) e o Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro, “O Japão na UERJ” possibilitou ao público uma imersão na cultura japonesa, através de uma exposição do acervo do Consulado, com vestimentas tradicionais e peças como a réplica de uma armadura Samurai, workshop de origami (dobradura de papel), demonstrações de Sadô (Cerimônia do Chá), Kyudô (arco e flecha) e judô. Cosplayers também marcaram presença.

Vestimentas tradicionais em exposição
no “Teatrão”. Foto: Cris Lagoas.


O TSURU, pássaro símbolo do Japão, foi o tema central da bela decoração do teatro.
O evento teve como “Grand Finale” o concerto da Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro. Das doze canções do programa, três merecem destaque por terem sido compostas e cedidas especialmente para este Concerto: “Zaaljinn - The Monster Within”, de Vinicius Kleinsorghen e William Watanabe; “This Is Not The End”, de Mateus Brandão, Vinicius Kleinsorghen e William Watanabe; e “Kasatomaru”, composta pelo Maestro Rafael Barros Castro, cuja execução tornou-se um dos momentos mais emocionantes da noite.
O Concerto contou com as participações especiais da pianista Midori Maeshiro e do grupo
Rio Nikkei Taiko (tambores japoneses).
Outro momento de grande emoção foi a abertura do Concerto com a execução dos hinos nacionais do Japão e do Brasil.
O que vimos foi um evento brilhantemente pensado, em seus mínimos detalhes,desde as cenas de filmes de animação japoneses, exibidas no telão ao fundo do palco., até o figurino do Maestro, vestido de Samurai.
O evento foi uma linda homenagem ao povo japonês que tanto contribuiu com a nossa cultura.

O Maestro Rafael Barros Castro,
em clique de Nádia Mathias



A OSRJ e Julie Yukari Misumi, uma das alunas
 do Setor de Japonês que se apresentaram durante o Concerto.

Todos reunidos ao final do Concerto. Foto: Ana Cavalieri.

Um momento de descontração ao som de
 uma canção tradicional.




















segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

No Dia do Samba, Um Tributo à Cartola

Concerto realizado ontem, na Cidade das Artes, apresentou canções do sambista Cartola, primeiro homenageado da série “Tributos”, novo projeto da Orquestra Petrobras Sinfônica.





Cris Lagoas
@acrislagoas

 Ontem, foi o Dia Nacional do Samba e, como não poderia deixar de ser, o ritmo que virou sinônimo de ginga, alegria e brasilidade pelo mundo afora foi celebrado das mais diversas formas, desde postagens em redes sociais a shows cujo repertório apresentava sucessos de grandes nomes do gênero. E foi nesta vibe que comemoramos: no concerto da Orquestra Petrobras Sinfônica, realizado na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca. Parte do lançamento da série “Tributos”, foi uma homenagem a um dos maiores ícones do samba, Cartola, que completaria 110 anos, em 2018.
 No palco, o Octeto de Sopros e Percussão da Orquestra Petrobras Sinfônica: Francisco Gonçalves (oboé), Igor Carvalho (clarineta), Ariane Petri (fagote), Josué Soares (trompa), Nelson Oliveira (trompete), João Luiz Areias (trombone), Eliezer Rodrigues (tuba), Pedro Moita (percussão) e Sammy Fuks (flauta) que, entre uma canção e outra, contava ao público um pouco mais sobre Cartola.
 No repertório, “Alvorada”, “Minha”, “O Mundo é Um Moinho”, “Peito Vazio”, “Preciso Me Encontrar”, “Que Sejas Bem Feliz”, “Disfarça e Chora”, “Tive Sim”, “As Rosas Não Falam”, “Ensaboa” e “O Sol Nascerá”.
 Os arranjos são de Marcelo Caldi. E também poderão ser conferidos no CD “Tributo a Cartola”, já disponível em plataformas digitais.
Interessante observar o toque pessoal de cada um dos músicos, mas sempre respeitando a estrutura da obra de Cartola. O que se ouviu foi a perfeita fusão dos universos da música de câmara e da MPB.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O Renascer

Renasce dentro de mim,
A única coisa que me foi imposta,
Pela importância da vida,
Que é viver!!!
Vivo num flutuar dos ventos,
Onde a brisa se abriga
No mar da alma de alguém especial.
É preciso viver derramando as máscaras ao chão.
Os desejos flutuam sobre o perfume,
Do néctar do mel em sua boca.
Jamais fraquejar diante da realidade do seu sonho.
Fazendo por merecer toda a luz,
Que transcende a alma,
Por causa do crepúsculo,
O sano e o insano são serenos,
No seu próprio caminhar.
O que encanta ao vento,
É a esperança de ser feliz um dia.
As trevas vão em busca
Dos dias de sol,
Embebidos na palpitação das trilhas,
Onde caminham os sentimentos mais puros e sinceros.
O caminhar tem um compasso,
De um sentimento firme,
Com o propósito de renascer.
O renascer procura a luz,
Na fonte das montanhas,
Onde o sentimento se traduz,
No despertar da escuridão da mata,
Nesse renascer o que espera,
É a luz reluzente do Sol,
O iluminar das estrelas,
Junto à sabedoria do Universo,
Lhe presenteando com a luz romântica do luar,
Fazendo dos seus dias,
Um iluminar próprio da luz,
Que habita e renasce,
De dentro de você e por todo o sempre.

Ana Cavalieri


Foto: Ana Cavalieri 

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Canta, Lulu!

No último fim-de-semana, um Vivo Rio lotado viu subir ao palco a melhor das versões de Lulu Santos.  Feliz, apaixonado e agradecido.  Este ano, o cantor comemora 45 anos de carreira e, certamente, não encontraria melhor forma de celebrar que na companhia de seus fãs. “Francamente, estar em cena é melhor que a melhor festa que eu já tenha ido, e nós somos a alegria da festa”, afirmou certa vez.


 Além do clássico “Tempos Modernos”, que deu início ao show, Lulu cantou outros hits como “Apenas Mais Uma de Amor”, “Como Uma Onda”, “Assim Caminha a Humanidade”, “Um Certo Alguém” e “Toda Forma de Amor”. Esta, aliás, nunca foi tão representativa, já que, vez ou outra, Luiz Maurício fazia declarações de amor para seu namorado, dentre elas, uma canção inspirada nele.  Sua felicidade é tamanha que transcende seu interior e se externalizou no palco. Unida à vibração da plateia, que cantava todas as canções com bastante entusiasmo, fez deste um show memorável.
 Além de suas músicas mais famosas, Lulu apresentou algumas de seu mais recente projeto, “Baby Baby!”, com releituras de sucessos de Rita Lee, como “Nem Luxo, Nem Lixo” e “Desculpe o Auê”.
 No palco, o acompanharam os músicos Hiroshi Mizutani (teclados e programação eletrônica), Sérgio Melo (bateria), Jorge Aílton (baixo e vocais), Tavinho Menezes (guitarra) e Robson Sá (vocais e percussão). Que banda! Talento define.



 Cantor, compositor e guitarrista, Lulu Santos já lançou mais de 20 álbuns, vendeu 7 milhões de discos, alcançou o primeiro lugar com 16 singles e 29 de suas músicas figuraram no Top 10 das paradas musicais de todo o Brasil. Muitos de seus hits fizeram parte da trilha sonora de novelas, filmes e comerciais de TV, caso de “Assim Caminha a Humanidade”, que se tornou tema de abertura da série global “Malhação”, entre 1995 e 1999, recebendo novos arranjos a cada temporada, alavancando novamente a carreira de Lulu, após um período de crise.
Desde 2012, é um dos juramos do “The Voice Brasil”, reality show da TV Globo. 
Na próxima sexta-feira (30), será a vez de Santo André/SP curtir o show “Canta Lulu!”.
A agenda de shows do cantor pode ser conferida em seu website oficial.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Brilha o Nordeste e sua Literatura de Cordel

Dia desses, enquanto visitávamos o Forte de Copacabana, nos deparamos com a exposição “Brilha o Nordeste”, que reuniu trabalhos de integrantes do Colégio Estadual Jardim Ipê. No Salão de Exposições Temporárias, Mestre Vitalino, Caribé, Aldemir Martins, Mandacaru, Teatro de Mamulengos, uma boneca gigante e Literatura de Cordel.
E por falar em Cordel... trata-se de um gênero popular, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do país. Seus versos e rimas, de linguagem e temas populares, costumam vir impressos em folhetos simples, livros pequenos com capas de xilogravura que ficam pendurados em barbantes ou cordas, daí o nome Cordel. Seus autores são chamados de Cordelistas e seus textos têm como características principais a linguagem coloquial; o uso de humor, ironia, sarcasmo; temas ligados ao folclore brasileiro, política, religião, história e realidade social.
Muitos escritores foram influenciados por este estilo, como João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa. 
Estima-se que há atualmente cerca de 4 mil cordelistas em atividade no Brasil.

No bairro carioca de Santa Teresa, está localizada a Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), que reúne em torno de 7 mil  documentos, incluindo pesquisas, livros e folhetos de Cordel. A instituição disponibiliza em seu site alguns cordéis digitalizados. Para lê-los acesse www.ablc.com.br/o-cordel/cordeis-digitalizados/









segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Camerata SESI-ES toca Tom Jobim na Sala Cecília Meireles

“A música é o silêncio que existe entre as notas” (Tom Jobim)
Há 60 anos, surgia no Brasil um gênero musical, misto Samba e Jazz, concebido por jovens cantores e compositores da Zona Sul carioca. Dentre eles estava Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom, homenageado de ontem pela Orquestra Camerata SESI-ES e por Danilo Caymmi, que cantou obras de seu mais recente álbum, no qual interpreta algumas das mais famosas canções de Jobim.
No programa, “Chega de Saudade”, “As Praias Desertas”, “Ela é Carioca”, “Querida”, “Águas de Março”, “Bonita”, “Eu Sei que Vou te Amar”, “Falando de Amor”, “Por Causa de Você”, “Luiza”, “Água de Beber”, “Tema de Amor de Gabriela”, “A Felicidade”, “Se Todos Fossem Iguais a Você”, com arranjos de Flávio Mendes.
Além de uma homenagem aos 60 anos da Bossa Nova e a um de seus criadores, o concerto realizado na Sala Cecília Meireles marca a gravação do primeiro DVD da Camerata SESI-ES com Danilo Caymmi. O cantor contou que as músicas foram selecionadas seguindo um critério afetivo e, entre uma canção e outra, Danilo compartilhava com o público curiosidades sobre Tom e sua relação com a família Caymmi.
A Orquestra Camerata SESI-ES está comemorando 10 anos de existência. Tendo como regente e diretor artístico o maestro Leonardo David, a orquestra capixaba se destaca por executar tanto obras clássicas da música de concerto, quanto pela fusão de gêneros musicais eruditos com populares como Forró, Rap, Rock, Tango e MPB. Também realizam apresentações voltadas para o público infantil por meio da série “Concertos Didáticos” e do projeto “SESI Música Clássica na Escola”.

Camerata SESI-ES. Foto: Divulgação.

A Orquestra e Danilo Caymmi no palco da
Sala Cecília Meireles. Foto: Blog For You.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Teatro: O Inoportuno



 No último sábado, fomos assistir a um espetáculo em homenagem ao dramaturgo Harold Pinter, a peça “O Inoportuno” (The Caretaker).
 Essa peça foi uma das mais importantes obras do dramaturgo inglês Harold Pinter. 
 Harold Pinter nasceu em 1930 e morreu em 2008. “O Inoportuno” estreiou em novembro de 2018 no Teatro dos 4, no Shopping da Gávea. A montagem foi para homenagear Harold, que completa 10 anos de sua morte. Ele foi um dos maiores autores do século XX. Foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2005. Tornou-se importante como autor teatral que forjou a criação de um termo que caracteriza suas peças, chamadas de pinterescas.
“The Caretaker”,  foi escrita em 1959 estreou em 1960 em Londres e foi um grande sucesso. Foi considerado um dos maiores e respeitados dramaturgos todo o mundo.  Suas escritas foram inicialmente influenciados por Samuel Beckett e por Franz Kafka.
 Pinter foi um dos maiores mestres do “Teatro do Absurdo”, expressão criada por Martin Esslin, em 1950.  Tempos depois, desenvolveu seu estilo próprio com características únicas e marcantes: a ambiguidade, a iminência do desastre, a passagem do tempo, as possíveis verdades e mentiras, as falhas da memória e as famosas pausas. 
“O Inoportuno”  É um drama com toque de tragédia e de comédia. Aborda a falta de entendimento da comunicação envolvendo personagens como marginais e solitários. E em 2008, o diretor Ary Coslov  dirigível um texto de Harold Pinter. Recebeu o premio por dirigir “Traições” (Betrayal),  que foi um sucesso de público e de crítica, foi um marco em sua carreira. 
Coslov  dirigi pela quarta vez um texto de Harold. O considera junto à William Shakespeare e Anton Tchekhov os maiores dramaturgos da história do teatro.  É o mesmo que ter contato com a essência do teatro, quem tem a oportunidade de conhecer e trabalhar em cima de seus textos. 
 Em 1964, Antônio Abujamra dirigiu pela primeira vez a montagem de Harold.  Segundo a avaliação de Daniel Dantas, que interpretou maravilhosamente com muita maestria o personagem Davies, suas revelações dentro do texto com a obra de Harold foram únicas, principalmente quando expõe seu personagem na qualificação de um homem “sem noção”, “espaçoso” e “muito reclamão”,  exigindo do outro uma entrega de amizade que ele, Davies, não se entregava a nenhum dos seus “amigos”. 
A mentira é um marco fundamental da peça. E foi interpretada com muito talento. E foi interpretada com muito talento. 
“O Inoportuno”  fala sobre ironia, descontentamento, tristeza e angústia.  O texto se passa num prédio decadente de Londres. Segundo Well Aguiar, que interpreta Mick, “o dono do prédio”,  desenvolve seu papel com total dedicação e luta pela continuação das peças nos palcos do teatro brasileiro.
 André Junqueira  interpretou com muito empenho o seu personagem, Aston. Diz como foi difícil toda a trajetória da escolha de todo elenco.  E que todos se dedicaram muito nessa empreitada. A montagem dessa peça foi em homenagem aos 10 anos que Harold nos deixou. Vale a pena conferir e prestigiar todo empenho do elenco e principalmente desvendar os segredos e enigmas do universo de Harold Pinter.


Daniel Dantas e André Junqueira em cena. Foto: Divulgação.

André Junqueira, Daniel Dantas, Ary Coslov e Well Aguiar.
Foto: Divulgação.