quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O Renascer

Renasce dentro de mim,
A única coisa que me foi imposta,
Pela importância da vida,
Que é viver!!!
Vivo num flutuar dos ventos,
Onde a brisa se abriga
No mar da alma de alguém especial.
É preciso viver derramando as máscaras ao chão.
Os desejos flutuam sobre o perfume,
Do néctar do mel em sua boca.
Jamais fraquejar diante da realidade do seu sonho.
Fazendo por merecer toda a luz,
Que transcende a alma,
Por causa do crepúsculo,
O sano e o insano são serenos,
No seu próprio caminhar.
O que encanta ao vento,
É a esperança de ser feliz um dia.
As trevas vão em busca
Dos dias de sol,
Embebidos na palpitação das trilhas,
Onde caminham os sentimentos mais puros e sinceros.
O caminhar tem um compasso,
De um sentimento firme,
Com o propósito de renascer.
O renascer procura a luz,
Na fonte das montanhas,
Onde o sentimento se traduz,
No despertar da escuridão da mata,
Nesse renascer o que espera,
É a luz reluzente do Sol,
O iluminar das estrelas,
Junto à sabedoria do Universo,
Lhe presenteando com a luz romântica do luar,
Fazendo dos seus dias,
Um iluminar próprio da luz,
Que habita e renasce,
De dentro de você e por todo o sempre.

Ana Cavalieri


Foto: Ana Cavalieri 

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Canta, Lulu!

No último fim-de-semana, um Vivo Rio lotado viu subir ao palco a melhor das versões de Lulu Santos.  Feliz, apaixonado e agradecido.  Este ano, o cantor comemora 45 anos de carreira e, certamente, não encontraria melhor forma de celebrar que na companhia de seus fãs. “Francamente, estar em cena é melhor que a melhor festa que eu já tenha ido, e nós somos a alegria da festa”, afirmou certa vez.


 Além do clássico “Tempos Modernos”, que deu início ao show, Lulu cantou outros hits como “Apenas Mais Uma de Amor”, “Como Uma Onda”, “Assim Caminha a Humanidade”, “Um Certo Alguém” e “Toda Forma de Amor”. Esta, aliás, nunca foi tão representativa, já que, vez ou outra, Luiz Maurício fazia declarações de amor para seu namorado, dentre elas, uma canção inspirada nele.  Sua felicidade é tamanha que transcende seu interior e se externalizou no palco. Unida à vibração da plateia, que cantava todas as canções com bastante entusiasmo, fez deste um show memorável.
 Além de suas músicas mais famosas, Lulu apresentou algumas de seu mais recente projeto, “Baby Baby!”, com releituras de sucessos de Rita Lee, como “Nem Luxo, Nem Lixo” e “Desculpe o Auê”.
 No palco, o acompanharam os músicos Hiroshi Mizutani (teclados e programação eletrônica), Sérgio Melo (bateria), Jorge Aílton (baixo e vocais), Tavinho Menezes (guitarra) e Robson Sá (vocais e percussão). Que banda! Talento define.



 Cantor, compositor e guitarrista, Lulu Santos já lançou mais de 20 álbuns, vendeu 7 milhões de discos, alcançou o primeiro lugar com 16 singles e 29 de suas músicas figuraram no Top 10 das paradas musicais de todo o Brasil. Muitos de seus hits fizeram parte da trilha sonora de novelas, filmes e comerciais de TV, caso de “Assim Caminha a Humanidade”, que se tornou tema de abertura da série global “Malhação”, entre 1995 e 1999, recebendo novos arranjos a cada temporada, alavancando novamente a carreira de Lulu, após um período de crise.
Desde 2012, é um dos juramos do “The Voice Brasil”, reality show da TV Globo. 
Na próxima sexta-feira (30), será a vez de Santo André/SP curtir o show “Canta Lulu!”.
A agenda de shows do cantor pode ser conferida em seu website oficial.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Brilha o Nordeste e sua Literatura de Cordel

Dia desses, enquanto visitávamos o Forte de Copacabana, nos deparamos com a exposição “Brilha o Nordeste”, que reuniu trabalhos de integrantes do Colégio Estadual Jardim Ipê. No Salão de Exposições Temporárias, Mestre Vitalino, Caribé, Aldemir Martins, Mandacaru, Teatro de Mamulengos, uma boneca gigante e Literatura de Cordel.
E por falar em Cordel... trata-se de um gênero popular, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do país. Seus versos e rimas, de linguagem e temas populares, costumam vir impressos em folhetos simples, livros pequenos com capas de xilogravura que ficam pendurados em barbantes ou cordas, daí o nome Cordel. Seus autores são chamados de Cordelistas e seus textos têm como características principais a linguagem coloquial; o uso de humor, ironia, sarcasmo; temas ligados ao folclore brasileiro, política, religião, história e realidade social.
Muitos escritores foram influenciados por este estilo, como João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa. 
Estima-se que há atualmente cerca de 4 mil cordelistas em atividade no Brasil.

No bairro carioca de Santa Teresa, está localizada a Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), que reúne em torno de 7 mil  documentos, incluindo pesquisas, livros e folhetos de Cordel. A instituição disponibiliza em seu site alguns cordéis digitalizados. Para lê-los acesse www.ablc.com.br/o-cordel/cordeis-digitalizados/









segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Camerata SESI-ES toca Tom Jobim na Sala Cecília Meireles

“A música é o silêncio que existe entre as notas” (Tom Jobim)
Há 60 anos, surgia no Brasil um gênero musical, misto Samba e Jazz, concebido por jovens cantores e compositores da Zona Sul carioca. Dentre eles estava Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom, homenageado de ontem pela Orquestra Camerata SESI-ES e por Danilo Caymmi, que cantou obras de seu mais recente álbum, no qual interpreta algumas das mais famosas canções de Jobim.
No programa, “Chega de Saudade”, “As Praias Desertas”, “Ela é Carioca”, “Querida”, “Águas de Março”, “Bonita”, “Eu Sei que Vou te Amar”, “Falando de Amor”, “Por Causa de Você”, “Luiza”, “Água de Beber”, “Tema de Amor de Gabriela”, “A Felicidade”, “Se Todos Fossem Iguais a Você”, com arranjos de Flávio Mendes.
Além de uma homenagem aos 60 anos da Bossa Nova e a um de seus criadores, o concerto realizado na Sala Cecília Meireles marca a gravação do primeiro DVD da Camerata SESI-ES com Danilo Caymmi. O cantor contou que as músicas foram selecionadas seguindo um critério afetivo e, entre uma canção e outra, Danilo compartilhava com o público curiosidades sobre Tom e sua relação com a família Caymmi.
A Orquestra Camerata SESI-ES está comemorando 10 anos de existência. Tendo como regente e diretor artístico o maestro Leonardo David, a orquestra capixaba se destaca por executar tanto obras clássicas da música de concerto, quanto pela fusão de gêneros musicais eruditos com populares como Forró, Rap, Rock, Tango e MPB. Também realizam apresentações voltadas para o público infantil por meio da série “Concertos Didáticos” e do projeto “SESI Música Clássica na Escola”.

Camerata SESI-ES. Foto: Divulgação.

A Orquestra e Danilo Caymmi no palco da
Sala Cecília Meireles. Foto: Blog For You.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Teatro: O Inoportuno



 No último sábado, fomos assistir a um espetáculo em homenagem ao dramaturgo Harold Pinter, a peça “O Inoportuno” (The Caretaker).
 Essa peça foi uma das mais importantes obras do dramaturgo inglês Harold Pinter. 
 Harold Pinter nasceu em 1930 e morreu em 2008. “O Inoportuno” estreiou em novembro de 2018 no Teatro dos 4, no Shopping da Gávea. A montagem foi para homenagear Harold, que completa 10 anos de sua morte. Ele foi um dos maiores autores do século XX. Foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2005. Tornou-se importante como autor teatral que forjou a criação de um termo que caracteriza suas peças, chamadas de pinterescas.
“The Caretaker”,  foi escrita em 1959 estreou em 1960 em Londres e foi um grande sucesso. Foi considerado um dos maiores e respeitados dramaturgos todo o mundo.  Suas escritas foram inicialmente influenciados por Samuel Beckett e por Franz Kafka.
 Pinter foi um dos maiores mestres do “Teatro do Absurdo”, expressão criada por Martin Esslin, em 1950.  Tempos depois, desenvolveu seu estilo próprio com características únicas e marcantes: a ambiguidade, a iminência do desastre, a passagem do tempo, as possíveis verdades e mentiras, as falhas da memória e as famosas pausas. 
“O Inoportuno”  É um drama com toque de tragédia e de comédia. Aborda a falta de entendimento da comunicação envolvendo personagens como marginais e solitários. E em 2008, o diretor Ary Coslov  dirigível um texto de Harold Pinter. Recebeu o premio por dirigir “Traições” (Betrayal),  que foi um sucesso de público e de crítica, foi um marco em sua carreira. 
Coslov  dirigi pela quarta vez um texto de Harold. O considera junto à William Shakespeare e Anton Tchekhov os maiores dramaturgos da história do teatro.  É o mesmo que ter contato com a essência do teatro, quem tem a oportunidade de conhecer e trabalhar em cima de seus textos. 
 Em 1964, Antônio Abujamra dirigiu pela primeira vez a montagem de Harold.  Segundo a avaliação de Daniel Dantas, que interpretou maravilhosamente com muita maestria o personagem Davies, suas revelações dentro do texto com a obra de Harold foram únicas, principalmente quando expõe seu personagem na qualificação de um homem “sem noção”, “espaçoso” e “muito reclamão”,  exigindo do outro uma entrega de amizade que ele, Davies, não se entregava a nenhum dos seus “amigos”. 
A mentira é um marco fundamental da peça. E foi interpretada com muito talento. E foi interpretada com muito talento. 
“O Inoportuno”  fala sobre ironia, descontentamento, tristeza e angústia.  O texto se passa num prédio decadente de Londres. Segundo Well Aguiar, que interpreta Mick, “o dono do prédio”,  desenvolve seu papel com total dedicação e luta pela continuação das peças nos palcos do teatro brasileiro.
 André Junqueira  interpretou com muito empenho o seu personagem, Aston. Diz como foi difícil toda a trajetória da escolha de todo elenco.  E que todos se dedicaram muito nessa empreitada. A montagem dessa peça foi em homenagem aos 10 anos que Harold nos deixou. Vale a pena conferir e prestigiar todo empenho do elenco e principalmente desvendar os segredos e enigmas do universo de Harold Pinter.


Daniel Dantas e André Junqueira em cena. Foto: Divulgação.

André Junqueira, Daniel Dantas, Ary Coslov e Well Aguiar.
Foto: Divulgação.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O Universo do Nosso Amor

Tudo transcende a alma,
Tudo transcende o querer.
É muito mais forte
Do que a imaginação pode ver.
É tudo tão mágico,
Que a própria magia do Universo
Se rende ao encanto do nosso amor.
As ondas do mar bailam,
E se curvam diante do mar revolto,
Em busca da brisa da composição do amor,
Que baila incessantemente,
Nas ondas do oceano da paixão.
Tudo acontece porque o calor
Das chamas do teu amor,
Transcende a minha alma
E o Universo do nosso amor,
Invade a sinfonia do meu querer
Das águas das paixões.
É o oceano mais lindo,
Mais puro que deságua na fonte
Do prazer do nosso amor.
E tudo transcende o Sol,
Tudo transcende o Mar,
Tudo transcende o Universo,
Pois a sua força, a força da correnteza do nosso amor
É mais pulsante que a vibração do Universo,
Aplaudindo e assistindo com a iluminação das estrelas
Todas as nossas noites de prazer e de muito amor.
Tudo é quente, puro
É o vulcão explodindo de amor e paixão nas ondas do mar.
Nosso amor é assim,
São as labaredas em chamas de prazer,
Que beijam as ondas mais fortes,
Da composição do amor da paixão repleta de tanto querer.
E esse querer é tão forte,
Que se perpetua por toda a eternidade em nossas vidas,
Portanto, somos as chamas de prazer,
Somos as águas dos oceanos,
Compostos de tanto amar o amor mais quente e doce de todo o Universo.
O Universo do amor do nosso amor.

Ana Cavalieri



Imagem: Pinterest.


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Vai Anitta - 1ª Temporada

 De Honório Gurgel para o Mundo


Foto: Netflix/Divulgação.

 Lançada na última sexta feira, “Vai Anitta” é uma série documental que acompanha os bastidores da agitada vida daquela que é hoje a cantora de maior destaque do Brasil. 
 Em seis episódios, cuja duração varia de 25 a 35 minutos cada, a docussérie conta um pouco do início da carreira de Anitta, descoberta pela Furacão 2000, ao compartilhar um vídeo no qual aparece cantando com um desodorante em mãos tal como um microfone,  mas tem como foco principal o “behind the scenes”  do projeto “Check Mate”, uma série de singles e videoclipes que serviu como cartão de visitas para a carreira internacional de Anitta.
 Porém, não é só isso. Entre uma reunião e outra, gravações e depoimentos de parentes, amigos e membros de sua equipe, bem ao estilo “Arquivo Confidencial”,  vemos fatos curiosos sobre Larissa serem revelados: como ela gosta de comer milho, ter vomitado no agora ex-marido no primeiro encontro, dar uma bronca na equipe enquanto seu bumbum está sendo maquiado.  Trivialidades à parte, “Vai Anitta” é  muito bem produzida, difícil não maratoná-la.  Seu maior acerto é mostrar ao público o outro lado de Anitta: uma menina brincalhona; profissional disciplinada e focada nas tendências; filha, irmã e amiga generosa. 
 Uma segunda temporada já foi anunciada. Que venha mais de Larissa! 




segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Johann Sebastian Rio iluminando o Natal do Barra Shopping

O “Festival da Lua Cheia” ganhou uma edição de Natal, no Barra Shopping. Durante o mês de novembro, sempre aos domingos, às 19h30min, uma orquestra se apresenta no palco montado ao lado da grande árvore de natal do estacionamento do nível Américas. Ontem à noite, foi a vez da Orquestra Johann Sebastian Rio apresentar seu repertório composto por músicas populares e clássicos. Temas natalinos, como “Noite Feliz”, também fizeram parte do programa. O concerto, como já é característico da Johann Sebastian Rio, seguiu num clima mais descontraído e interativo, o que, aliado ao talento dos músicos, cativa o público que os assiste.
Na próxima semana, será a vez da Orquestra Sinfônica e Coro da UFRJ subir ao palco para encantar o Natal do Barra Shopping. 





sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Galeria Movimento: Exposição do acervo e Mar de Brinquedos

Enquanto não chega a data de abertura da exposição “Quem me navega é o mar”, a Galeria Movimento exibe parte de seu acervo, composto por obras de Angela Od, Arthur Arnold, Graziela Pinto, Maria Mattos, Mateu Velasco, Paulo Vieira, Tinho, Toz, Viviane Teixeira e Xico Chaves.


O colorido de Tomaz Viana, o Toz, na vitrine
da Galeria Movimento 


"Um minuto da sua pele", de Graziela Pinto


As "tramas" de Angela Od.















As “Massas” de Arthur Arnold
"Dos tocadores de pífano, O Fauno",
de Viviane Teixeira




















"No ar", de Maria Mattos




"Nova matéria", de Xico Chaves.


A “Street Art” de Walter Nomura, o Tinho

A abertura da exposição “Quem me navega é o mar”, que terá curadoria de Marcus de Lontra Costa, será no próximo dia 29. A galeria está recebendo doações de brinquedos (novos ou em ótimo estado), que serão utilizados numa instalação de arte feita pelo artista plástico Tinho, que transformará o átrio do prédio do Shopping Cassino Atlântico em um verdadeiro "Mar de Brinquedos". A cada cinco brinquedos, o doador ganhará um cupom para concorrer a um Fine Art de Tinho com edição limitada. As doações deverão ser entregues na Galeria Movimento até o dia 29 de novembro, quando será realizado o sorteio. No natal, os brinquedos serão entregues ao Instituto da Criança. Para maiores informações, entre em contato com a galeria pelos telefones (21) 2267-5989 / (21) 97114-3641 (WhatsApp) ou pelo e-mail contato@galeriamovimento.com
A Galeria Movimento fica localizada no Shopping Cassino Atlântico, na Avenida Atlântica, 4240, lojas 212/213, em Copacabana. Funciona de segunda a sexta-feira, das 11h as 19h30min e aos sábados, de 12h as 18h.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O Anjo no Templo

Eu sou o Templo que sussurra em seus ouvidos,
Eu sou a estrela que beija seu rosto,
Eu sou a luz que faltava em sua vida,
Eu sou o sol que acalenta seu corpo,
Eu sou a lua que brilha em seus olhos,
Eu sou o dia que desperta sua alma,
Eu sou a noite que afaga seus sonhos,
Eu sou o verde que abraça as montanhas,
Eu sou o azul que molha o Pacífico,
Eu sou o mar no seu olhar,
Eu sou a espuma da onda que faz você flutuar de desejos,
Eu sou as pétalas que caem do seu perfume,
Eu sou o jardim que enfeita sua vida,
Eu sou o sorriso que encanta a sua alma,
Eu sou a alegria que fez devolver o seu sorriso,
Eu sou a música do passo em seu compasso,
Eu sou a sinfonia das estrelas que enfeitam o céu,
Eu sou o seu céu que compõe você,
Eu sou o seu Anjo que abraça o céu para lhe proteger,
Eu sou o Anjo que você aguardava para lhe guardar,
Eu sou o Anjo que Deus enviou para lhe guiar por Hoje e Sempre,
Eu sou o seu Anjo da Guarda que nasceu para estar junto de você por toda a Eternidade.

Ana Cavalieri 

Imagem: Pinterest.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Giuseppe “José” Pancetti


Pancetti, José nascido em 18 de junho de 1902, em Campinas, filho de imigrantes italianos da Toscana. Aos onze anos de idade, foi levado para a Itália para viver sob os cuidados de um tio e dos avós.
Pancetti é tio materno da cantora Isaurinha Garcia.
Seu tio Casimiro o colocou para estudar no Colégio Salesiano de Massa-Carrara.  Logo depois, a  Itália  foi envolvida na Primeira Guerra Mundial e Pancetti  foi para o campo, na casa de seus avós em  Pietrasanta.  Ele não se adaptou a vida de camponeses, trabalhou como aprendiz de carpinteiro, o operário da fábrica de bicicleta Bianchi e trabalho também numa fábrica de materiais bélicos em Forte dei Marmi.
 Seu tio o empregou  posteriormente na Marinha mercante italiana como marinheiro. Embarcou num veleiro e percorreu o Mediterrâneo. Mas a inconstância própria de seu caráter, fez com que ele abandonasse o navio e passou a vagar  pelas ruas de Genova.  Alguem ou encontrou na rua e o encaminhou para o consulado brasileiro, e foi providenciado o seu repatriamento.


 Em 12 de fevereiro de 1920, desembarcou em Santos.  E trabalhou até 1921, em São Paulo, em diferentes ofícios.  Até um empresário ter-lhe oferecido um emprego como pintor de paredes e cartazes.  Foi o seu primeiro contato com pincéis e tintas. No mesmo ano, o pintor Adolfo Fonzari  ofereceu a Pancetti a oportunidade de auxiliá-lo na decoração da casa do comendador Giuseppe Puglisi Carbone,  no Guarujá. Em 1922, conseguiu se alistar na Marinha de Guerra do Brasil. Permaneceu lá até 1946. Nesse período, foi-lhe dada a função a bordo de pintar cascos, paredes, camarotes e o fazia com tal zelo que o Almirante Gastão Motta  criou quadro de especialistas na profissão e nomeou Pancetti a ser o primeiro instrutor desse quadro.
Foi a partir daí que Panceti começa passar para o papel tudo aquilo que seus olhos viam.  E começou a desenhar, mostrando aos poucos através dos seus desenhos  o seu potencial artístico.
Em 1932, teve o seu primeiro trabalho publicado como pintor,   No jornal “A Noite Ilustrada”, sob o título “Um Amador da Pintura”. O escultor Paulo Mazzuchelli o aconselha a ingressar no Núcleo Bernardelli. O pintor Giuseppe Gargaglione repetiu o mesmo conselho.
 Em 1933, ele ingressou no Núcleo Bernardelli e seu  principal orientador foi o pinto Bruno  Lechowski.  Neste modelo, Panceti conheceu pintores que tiveram ao longo da jornada notoriedade como: Edson Motta, José Rescala, Ado Malagoli, Expedito Camargo Freire, Manuel Santiago, Bustamante Sá e Silvio Pinto.

“Boneco”

   Em 1935, Pancetti se casou com Anitta Caruso.
  Em 1941, ganhou com o quadro “O Chão”, o prêmio de viagem ao exterior, pela recém criada Divisão Moderna do Salão Nacional de Belas Artes.

“O Chão”, 1941.

  Por motivos de saúde, é licenciado da Marinha.  Não conseguiu Desfrutar de seu prêmio no exterior.
 Em 1942,  foi morar em Campos do Jordão em busca de tratamento para a tuberculose que o afetava demais. Nesse mesmo ano, nasce sua filha e, em seguida, muda-se para São João Del Rei.
 Em 1945, teve sua primeira exposição individual, onde apresentou mais de setenta quadros.
 Em 1946, foi reformado pela Marinha com a patente de segundo-tenente. 
Em 1948, recebeu a medalh de ouro do Salão Nacional de Belas Artes e realizou a sua primeira exposição internacional, na Bienal de Veneza em 1950.
 Em 1951, participou da Bienal de Arte de São Paulo.
Em 1952, nasceu seu outro filho e teve aula promoção a primeiro-tenente da Marinha Brasileira.

“A Praia - Série Itapuã”, 1953.

Em 1954, recebeu a medalha de ouro no Salão de Belas Artes da Bahia e, em 1955, fez uma exposição super importante no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 10 de fevereiro de 1958, morreu de tuberculose e com câncer de estômago no Hospital Central da Marinha, no Rio de Janeiro.


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O Frenético Dancin Days no Teatro Bradesco

“O Frenético Dancin Days”

Texto: Nelson Motta e Patrícia Andrade
Direção: Deborah Colker
Gênero: Musical
Duração: 120 minutos
Elenco: Ariane Souza (Madalena), Bruno Fraga (Nelson Motta), Cadu Fávero (Djalma), Érico Brás (Dom Pepe), Franco Kuster (Léo), Larissa Venturini (Scarlet Moon), Stella Miranda (Dona Dayse) e outros talentosos atores e bailarinos.

Foto: Leo Aversa / Divulgação.

 Em 1976, Nelson Motta, Leonardo Netto e Djalma Limongi amarguravam um enorme prejuízo que um festival de música ao ar livre em Saquarema trouxera.  Mas nem tudo estava perdido. Um empresário, dono do então recém-inaugurado Shopping da Gávea, pediu a Nelsinho que desse vida a um espaço vazio  onde seria construído o Teatro dos 4.  Ele poderia utilizá-lo por quatro meses até que começassem as obras.
 De Nova York, Motta voltou com a mala lotada de discos com as músicas que faziam os norte-americanos balançarem seus quadris  e a cabeça repleta de ideias.  Reuniu, além dos sócios do festival, a jornalista Scarlet Moon e o DJ Dom Pepe. Nasceu a “Frenetic Dancin Days Discotheque”,  Uma casa de shows com pista dançante, pela qual passaram famosos e anônimos, amantes da “nightlife”,  com o único objetivo de “celebrate and have a good time”.

A icônica boate “The Frenetic Dancin’ Days Discotheque”,
no Shopping da Gávea. Foto: Divulgação / Blog do Arcanjo - UOL

 É desta “Dancin Days” que fala o espetáculo -  desde sua idealização até o dia em que “virou abóbora”, quatro meses depois - e não daquela da novela de Gilberto Braga, que consagrou a atriz Sônia Braga, em 1978, e tornou sandálias de salto alto e meias de lurex acessórios indispensáveis às garotas mais estilosas.
 “O Frenético Dancing Days”  é muito bem realizada. Direção, produção, cenografia, figurino, maquiagem, iluminação, som... ah, o som!  Tarefa difícil manter-se parado enquanto se ouve os maiores clássicos da era disco.  São 120 minutos, divididos em dois atos, de puro encantamento.  Música, coreografias que misturam linguagens, técnicas e estilos, luzes, cores e um elenco  maravilhoso, que transborda paixão por sua arte. 
 É contagiante! Sexta-feira, foi nossa terceira vez a aplaudí-los de pé, da plateia do Teatro Bradesco. Vontade de voltar mas três, quatro, cinco, quantas vezes puder! 

Onde e quando assistir?

Teatro Bradesco Rio: Village Mall. Avenida das Américas, 3.900, Barra da Tijuca. Múltiplas Sessões. Ingressos variam de R$75,00 a R$160,00.

Foto: Leo Aversa / Divulgação.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Portinari

Cândido Torquato Portinari nasceu em 28 de dezembro de 1903, no interior de São Paulo, numa fazenda de café.
Portinari foi um artista plástico brasileiro. Ele pintou quase cinco mil obras de pequenos esboços e de proporção padrão, como “O Lavrador de Café”, e gigantescos murais, como os painéis “Guerra e Paz”, que foi presenteado à sede da ONU, em Nova Iorque, em 1956. E, em 2010, através de seu filho, os painéis foram retornados para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Portinari é um dos artistas brasileiros considerado com mais prestígio a alcançar a maior projeção internacional.

Cândido Portinari. Foto: O Globo.


 Sua vocação artística começou na infância. Ele teve pouco estudo. As 14 anos de idade, um grupo de pintores e escultores italianos, que atuavam na restauração de igrejas pela região de Brodowski, interior de São Paulo, recrutou Portinari como ajudante. Foi um dos grandes talentos de pintores brasileiros.  Aos 15 anos de idade, por que narí deixa São Paulo e vai morar no Rio de Janeiro para ingressar os estudos na Escola Nacional de Belas-Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a chamar atenção e se destacar com os profissionais e com a imprensa.  Aos 21 anos, ele começa a expor suas obras. Ganha destaque e elogios em artigos de vários jornais.  Seu nome  continua sendo badalado e, a partir daí, ele desperta um grande interesse por um movimento artístico chamado modernismo. Em 1926 e 1927, Portinari conseguiu destaque num dos prêmios  mas almejados no salão da ENBA.  Ele ganhou destaque, mas não venceu. Tempos depois, Portinari afirmou que as suas telas com elementos modernistas escandalizaram os  juizes do concurso.  Ele almejava a medalha de ouro no salão da ENBA.  Sendo assim, em 1928, Portinari prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e, finalmente, ganha a sua mesada medalha de ouro do salão dar ENBA e ganhou também uma viagem para a Europa. 
Quadro parte da exposição no Instituto Casa Roberto Marinho



 Ele viveu dois anos em Paris.  Foram anos decisivos no seu estilo. Lá conheceu Van Dongen, Othon Friesz e Maria Martinelli,  com quem o artista passaria o resto de sua vida. A distância nesse período de Portinari com suas raízes, aproximou artista com Brasil, despertando no mesmo o interesse social muito mais profundo. Em 1931, Portinari retorna ao Brasil, totalmente renovado.  Ele muda totalmente a estética da sua obra, passar a valorizar mais as cores e a ideia das pinturas. A partir daí, ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras.  Portinari aos poucos vai deixando as suas telas a óleo para trás e vai se dedicando cada vez mais a pintar murais e afrescos.
 Ganhou novamente notoriedade na imprensa. Ele expõe no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque, em 1939, três delas. Suas telas chamam atenção de Alfred Barr, que o diretor do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. 
 A década de 1940 começou muito bem para Portinari. Alfred Barr compra a tela “Morro do Rio” e  expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. Alfred Barr  prepara uma exposição individual com destaque a Portinari em Nova Iorque. Ele fez dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. 

“Morro do Rio”, 1933. Museum of Modern Art, New York, NY.



Ao visitar o MoMA, Portinari fico impressionado com uma obra e mudou novamente seu estilo. A obra que lhe inspirou essa mudança foi “Guernica”, de Pablo Picasso.
Portinari também foi ativo no movimento político partidário e candidatou-se a deputado federal, em 1945,  pelo PCB e a senador, em 1947.  Em 1952, com uma anistia geral Portinari voltou Brasil. No mesmo ano, foi lançada a primeira Bienal de São Paulo, que expõe obras de Portinari.  Em 1954, e começou a apresentar sérios problemas de saúde. Ele apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo, por causa das tintas que ele usava.  Portinari mesmo doentes, continuo suas viagens com orientações médicas. Viaja freqüentemente para os Estados Unidos, Europa e Israel. 
 Em 1962, a prefeitura de Barcelona o convida para uma grande exposição. 200 delas. Neste mesmo ano, aos 58 anos, morre Portinari, no dia 6 de fevereiro, intoxicado pelas tintas que utilizava nas telas. 
 Em suas obras, Portinari conseguiu retratar questões sociais 100 desagradar ao governo. Aproximou-se da arte moderna europeia.  Suas pinturas tem uma proximidade do cubismo, surrealismo e dos  pintores muralistas mexicanos.  A sua arte tempo características modernos. Uma de suas obras mais famosas são “Guerra e Paz”.




Parte de “Guerra e Paz”.  Imagem: Google Images.









Suas obras estão no acervo sacro, e está exposto na igreja Bom Jesus da Cana Verde, em Batatais, próximo de Brodowski, interior de São Paulo.  Outra obra de Portinari de maior importância é “O Lavrador de Café”,  que foi furtada em dezembro de 2007, no segundo andar do Museu de Arte de São Paulo e, junto com a obra de Pablo Picasso e foram resgatadas sem sofrer avarias e restituídas ao museu, em janeiro de 2008.
 Foi homenageado em 1940 com a publicação do primeiro livro sobre o pintor pela Universidade de Chicago. Em 1946, ganhou do governo francês a Legião de Honra. Em 1955, ganhou uma medalha de ouro pelo painel Tiradentes, concedida pelo júri do Prêmio Internacional da Paz, em  nova Iorque. Em 1950, ganhou em Varsóvia a medalha de ouro com o melhor pintor do ano, pelo International  Fine Arts Council.
 Em 1956, ganhou em Nova Iorque, o Prêmio Guggenheim de Pintura por ocasião da inauguração dos painéis  “Guerra e Paz” na sede da ONU de Nova Iorque.
 Em 2012, foi tema de enredo da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. 
Portinari e suas obras foram representados na cédula de 5000 Cruzados, que circulou no Brasil entre 1986 e 1989.


“O Lavrador de Café”. Imagem: Arte e Artistas.


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A Doçura dos Seus Lábios

 Seus beijos são mais doces do que o mel
 Seus lábios são mais quentes do que a Paixão
 Seus olhos, ah os seus olhos, são tão expressivos quanto o Amor
 Seu rosto tem a expressão mais forte do que as palavras
 Sua voz é a mais bela do que as canções dos pássaros
 Suas mãos são mais seguras do que a força da correnteza
 Seu abraço é mais envolvente do que as notas musicais
 Sua expressão corporal é única, pois a sua forma de ser intenso e arrebatador me torna a mulher mais feliz do mundo
 E, todas as vezes que nos amamos, você me completa de tal forma, que eu só penso no querer de nos querermos intensamente e por todo o sempre em nossas vidas.

Ana Cavalieri


Imagem: Pinterest 

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Beauty Moment Smashbox na Sephora

 Na noite de ontem, aconteceu, na loja Sephora do shopping Rio Sul, uma Master Class especial com o Beauty Artist Teodoro Júnior, um dos mais conhecidos profissionais do meio e maquiador das famosas. Junto com Lori Dias, maquiadora oficial da Smashbox no Brasil, Teo fez uma make leve na atriz Juliane Araújo e foi aos poucos intensificando-a  até chegar num look mais glam.  Com isso, o maquiador mostrou como um look mais simples pode facilmente evoluir para algo mais sofisticado. Para tanto, basta utilizar as técnicas e os produtos certos. Essas técnicas foram ensinadas por Teo, enquanto realizava a make em Juliane.  Ele também respondeu a perguntas da plateia. 
 Com apenas uma sombra, Teo conseguiu efeitos diversos, dando à make dos olhos um ar mais elegante, mais chique. Demonstrou que um mesmo produto pode desempenhar diferentes papéis, como, por exemplo, uma máscara para cílios pode ser usada como delineador e uma sombra como contorno para lábios.
 Uma dica valiosa para a make perfeita é a atenção ao tipo do rosto, aos traços da pessoa.  Exagerar no contorno e no iluminador torna o trabalho artificial. As pessoas não são iguais, têm suas particularidades. A maquiagem não pode ser como uma regra fixa a ser seguida, mas adaptável a cada situação e anatomia. Outras dicas foram: 
  •  Usar um corretivo para neutralizar o tom da pálpebra antes da aplicação da sombra.
  •  Ao passar o batom, acompanhar o desenho dos lábios para que estes não fiquem sem forma.  Se for utilizar uma cor mais intensa, tem-se que ter o cuidado de contorná-los.
  •  Aplicar o rimel na medida certa, em camadas, tomando cuidado para não embolar, tendo, assim, um resultado bonito e elegante.
  •  Iniciar a aplicação da base pelo centro do rosto.
  •  Utilizar pouco pó parar obter uma make mais natural.
 Aliás,  parcimônia parece ser a palavra-chave da maquiagem de Teo Jr.

“Acredito que make é menos, às vezes uso, para uma pele, só BB cream. Não tenho tanto isso de pesar no contorno, por exemplo. Eu até uso, mas acho que envelhece quando feito de forma grotesca, porque tira a feminilidade da mulher e deixa tudo muito parecido. A técnica de iluminar em vez de contornar prefiro, mas uso na medida, também. Porque são truques para fotos, em um estúdio e com luz específica. Aí você olha na rua a mulher está com iluminador gritando, não é elegante. Tudo é na medida. Contorno existe na minha maquiagem, mas suavizo muito. Sou daqueles que faz tudo para uma make nada. A mulher fica mais jovem, mais bonita.”
 Explicou o maquiador em uma entrevista para o portal IG.
 Simpático, o Teo Jr tirou fotos com o público, ao final do evento.








terça-feira, 6 de novembro de 2018

Filme Netflix: Sierra Burgess é uma Loser

Sierra Burgess is a Loser

(EUA, 2018)


Gênero: Comédia romântica 
Direção: Ian Samuels
Roteiro: Lindsay Beer
Duração: 105 minutos 
Elenco: Shannon Purser, Kristine Froseth, RJ Cyler, Noah Centineo, Will Peltz, Lea Thompson, Alan Ruck.
Sinopse: Trolada pela garota mais popular da escola, Sierra Burgess recebe uma mensagem de um atleta por quem se apaixona, fato que resulta na curiosa aproximação das duas numa tentativa de conquistar seus crushes.


Lembra da Barb, de “Stranger Things”? Ela está de volta, agora, como a protagonista de “Sierra Burgess é uma Loser”, uma espécie de Cyrano de Bergerac pós-moderno, produzido pela Netflix.
O filme começa como todo “teen movie” norte-americano, apresentando adolescentes marcados pelo selo de perdedores ou populares, agrupados em nerds, quarterbacks e cheerleaders. Losers sofrendo bullying, meninas bonitas e bem vestidas desfilando seu charme pelos corredores do colégio e os “esquisitos” devorando livros enquanto sonham ser notados pelos demais. Mais um besteirol tipo “Sessão da Tarde”? Não! O filme dirigido por Ian Samuels e com roteiro de Lindsey Beer vai além e, para isso, subverte o cânone das comédias teen. Aqui, a protagonista nerd, magra, de cabelo desalinhado e baixa autoestima dá lugar a uma nerd sim, mas que, apesar de fora dos padrões de beleza exigidos por ser plus size, cacheada e ruiva, parece lidar bem com os problemas que andar mal vestida traz, pelo menos até alcançar o limite do suportável. E o atleta de corpo perfeito, cheio de si e pegador nato pelo qual a “patinho feio” se apaixona? É substituído por um tipo mais humano. Gato sim, mas amável e com algumas inseguranças. A antagonista, aquela cheerleader malvada que transforma a vida da protagonista num verdadeiro inferno, também assume um papel diferente. Ao se permitir aproximar-se da “maior perdedora do colégio”, revela uma garota frágil vitimada por uma criação que exige dela uma perfeição inatingível, o que, de certa forma, explica seu comportamento doentio.
Sierra Burgess não passa, no decorrer do filme, por uma transformação fashion, tipo a personagem de Brittany Murphy em “As Patricinhas de Beverly Hills”. O desafio da protagonista não está em substituir as roupas fora de moda, mas em algo muito maior. Está em se aceitar como é, em reconhecer seus valores e não se deixar levar pelo modelo inalcançável de mulher comercializado pelas revistas e pela TV. Aí está a mensagem que “Sierra Burgess é uma Loser” transmite de forma leve, simples e eficiente em seus 105 minutos.