Pancetti, José nascido em 18 de junho de 1902, em Campinas, filho de imigrantes italianos da Toscana. Aos onze anos de idade, foi levado para a Itália para viver sob os cuidados de um tio e dos avós.
Pancetti é tio materno da cantora Isaurinha Garcia.
Seu tio Casimiro o colocou para estudar no Colégio Salesiano de Massa-Carrara. Logo depois, a Itália foi envolvida na Primeira Guerra Mundial e Pancetti foi para o campo, na casa de seus avós em Pietrasanta. Ele não se adaptou a vida de camponeses, trabalhou como aprendiz de carpinteiro, o operário da fábrica de bicicleta Bianchi e trabalho também numa fábrica de materiais bélicos em Forte dei Marmi.
Seu tio o empregou posteriormente na Marinha mercante italiana como marinheiro. Embarcou num veleiro e percorreu o Mediterrâneo. Mas a inconstância própria de seu caráter, fez com que ele abandonasse o navio e passou a vagar pelas ruas de Genova. Alguem ou encontrou na rua e o encaminhou para o consulado brasileiro, e foi providenciado o seu repatriamento.
Em 12 de fevereiro de 1920, desembarcou em Santos. E trabalhou até 1921, em São Paulo, em diferentes ofícios. Até um empresário ter-lhe oferecido um emprego como pintor de paredes e cartazes. Foi o seu primeiro contato com pincéis e tintas. No mesmo ano, o pintor Adolfo Fonzari ofereceu a Pancetti a oportunidade de auxiliá-lo na decoração da casa do comendador Giuseppe Puglisi Carbone, no Guarujá. Em 1922, conseguiu se alistar na Marinha de Guerra do Brasil. Permaneceu lá até 1946. Nesse período, foi-lhe dada a função a bordo de pintar cascos, paredes, camarotes e o fazia com tal zelo que o Almirante Gastão Motta criou quadro de especialistas na profissão e nomeou Pancetti a ser o primeiro instrutor desse quadro.
Foi a partir daí que Panceti começa passar para o papel tudo aquilo que seus olhos viam. E começou a desenhar, mostrando aos poucos através dos seus desenhos o seu potencial artístico.
Foi a partir daí que Panceti começa passar para o papel tudo aquilo que seus olhos viam. E começou a desenhar, mostrando aos poucos através dos seus desenhos o seu potencial artístico.
Em 1932, teve o seu primeiro trabalho publicado como pintor, No jornal “A Noite Ilustrada”, sob o título “Um Amador da Pintura”. O escultor Paulo Mazzuchelli o aconselha a ingressar no Núcleo Bernardelli. O pintor Giuseppe Gargaglione repetiu o mesmo conselho.
Em 1933, ele ingressou no Núcleo Bernardelli e seu principal orientador foi o pinto Bruno Lechowski. Neste modelo, Panceti conheceu pintores que tiveram ao longo da jornada notoriedade como: Edson Motta, José Rescala, Ado Malagoli, Expedito Camargo Freire, Manuel Santiago, Bustamante Sá e Silvio Pinto.
“Boneco” |
Em 1935, Pancetti se casou com Anitta Caruso.
Em 1941, ganhou com o quadro “O Chão”, o prêmio de viagem ao exterior, pela recém criada Divisão Moderna do Salão Nacional de Belas Artes.
“O Chão”, 1941. |
Por motivos de saúde, é licenciado da Marinha. Não conseguiu Desfrutar de seu prêmio no exterior.
Em 1942, foi morar em Campos do Jordão em busca de tratamento para a tuberculose que o afetava demais. Nesse mesmo ano, nasce sua filha e, em seguida, muda-se para São João Del Rei.
Em 1945, teve sua primeira exposição individual, onde apresentou mais de setenta quadros.
Em 1946, foi reformado pela Marinha com a patente de segundo-tenente.
Em 1948, recebeu a medalh de ouro do Salão Nacional de Belas Artes e realizou a sua primeira exposição internacional, na Bienal de Veneza em 1950.
Em 1951, participou da Bienal de Arte de São Paulo.
Em 1952, nasceu seu outro filho e teve aula promoção a primeiro-tenente da Marinha Brasileira.
“A Praia - Série Itapuã”, 1953. |
Em 1954, recebeu a medalha de ouro no Salão de Belas Artes da Bahia e, em 1955, fez uma exposição super importante no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 10 de fevereiro de 1958, morreu de tuberculose e com câncer de estômago no Hospital Central da Marinha, no Rio de Janeiro.
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