quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Extremos Líquidos

Hoje, vamos falar um pouco sobre a exposição da artista plástica Paula Klien, “Extremos Líquidos “, com a curadoria de Marcus de Lontra Costa.
A arte contemporânea tem como objetivo apresentar as expressões e técnicas artísticas inovadoras que incentivam a reflexão subjetiva sobre a obra do autor. A partir daí, configurou-se uma nova mentalidade no mundo artístico, incentivando o artista através da sua obra o desejo pelas invenções e seus experimentos artísticos. A arte contemporânea se originou aproximadamente após a Segunda Guerra Mundial, em meados do século XX. A partir daí e da reconstrução da sociedade, valorizava a atitude, o conceito, a ideia da obra, mais que seu objeto final. Era importante e necessária a valorização da reflexão do subjetivo sobre a peça artística, como estava sendo contemplada. Buscava a inovação através da arte e uma composição entre arte e a vida, tendo se definido através de diferentes materiais para a produção da arte e a inclusão de novas técnicas. A arte contemporânea se dá através da busca pela comunicação através da obra exposta.
E o olhar através de Paula Klien vendo a realidade caótica e as paisagens se refletindo através de “tratores e tremores”. Ao interpretar e transformar o mundo, entendendo matéria líquida como uma indefinição formal e conceitual,  provoca encantamento através de sua arte. As “epidermes” pictóricas de Paula Klien são instáveis, dialeticamente provocativas, inovadoras, sentidas e sofridas. É através do seu olhar do corpo líquido que a paisagem tem um espelho curioso do externo e do interno e pela dinâmica dos espaços do que é identificável e misterioso através do olhar de Paula Klien.
Paula Klien é carioca. Descobriu a arte na infância e trabalha com múltiplas linguagens através do desenho e da pintura, que foram suas primeiras manifestações. Hoje, se dedica mais à pintura e à escultura. A pintura é a protagonista do trabalho e a sua pesquisa é pautada no invisível e explora os acidentes no campo da espiritualidade, ela diz, “eu lavo a água preta”, onde virou um processo de repetição com marcas de nanquim que são apagadas e, repetidamente, lava essas marcas, buscando pelas cicatrizes que não conseguem ser apagadas e toda influência e inspiração vem do Oriente, através da China (técnicas de nanquim e aceitação dos caminhos) e do Japão (conceitos da aceitação da transitoriedade e da beleza do imperfeito).
























Onde e quando assistir?

De 02 de agosto a 02 de setembro de 2018.
Casa de Cultura Laura Alvim
Av. Vieira Souto, 176, Ipanema.
Terça a domingo, das 13h às 20h.
Grátis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário