segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Elite: “Rebelde” para maiores de 18





Rio, Alison e Denver dão lugar a Christian, Marina e Nano.  Já não são participantes de um assalto à Casa da Moeda, mas jovens vivendo situações que vão muito além dos típicos dramas adolescentes. Produção espanhola da Netflix, ”Elite”  segue a tradição das obras audiovisuais da terra de Almodóvar, mostrando temas polêmicos de forma nua e crua.  Literalmente, diria. Recheada de cenas de sexo e violência, “Elite” está longe  de ser uma versão  atualizada da mexicana “Rebelde”.  Com esta há em comum apenas o uniforme escolar, três bolsistas ( dois pobres e uma nem tanto) e  as diferenças sociais entre eles e seus colegas oriundos das famílias mais abastadas do país. Por vezes, lembra “Gossip Girl”. “Elite”  deixa o raso e mergulha para além da disputa entre pobres e ricos, mocinhos movidos pelo sentimento de se fazer justiça e vilões pela ambição. Vai até o fundo de grupos sociais representados aqui por cada um dos protagonistas que ocupam o “Las Encinas” para trazer à tona temas como tráfico de drogas, homossexualidade, preconceito religioso, Aids, relacionamento aberto, virgindade e corrupção. 



Em relação ao elenco,  vemos rostos conhecidos vindos do fenômeno “La Casa de Papel”: María Pedraza (Marina), Jaime Lorente (Nano) e  Miguel Herrán (Christian),  que mostram mais uma vez serem bons atores.  Quem acompanhou as novelas infantis produzidas pela Televisa no começo dos anos 2000, há de se lembrar de Danna Paola (Lucrécia), protagonista em “Maria Belém” e “Amy, a menina da mochila azul”.  Não há um grande destaque. Todos têm atuações equivalentes.
A série apresenta um enredo muito bem construído e deixa ganchos para a já anunciada segunda temporada. Não só a trama agrada, como também sua trilha sonora, que se encontra disponível em todas as plataformas digitais. 





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