Hoje, 25 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Rádio. A data lembra o nascimento de Edgard Roquette-Pinto, considerado o “Pai do Rádio Brasileiro”, pois foi o fundador da primeira emissora radiofônica do país: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, atual Rádio MEC.
Era o ano de 1922. O Brasil comemorava cem anos de sua independência e, como parte da celebração, foi instalada, no pico do Morro do Corcovado, onde hoje está localizado o Cristo Redentor, uma antena de rádio.
A primeira transmissão radiofônica do país foi um discurso do presidente Epitácio Pessoa. Apenas 80 receptores espalhados na capital e nas cidades fluminenses de Niterói e Petrópolis, e em São Paulo acompanharam a transmissão experimental, que teve ainda música clássica, dentre as quais, a ópera “O Guarani”, do compositor Carlos Gomes.
Já o primeiro programa de rádio foi criado um ano depois por Roquette-Pinto. O “Jornal da Manhã” era transmitido da própria casa de seu criador, o qual lia e comentava de improviso as notícias dos jornais.
Outras duas importantes emissoras foram fundadas ainda na década de 1920: a Rádio Clube do Brasil (1924), que deu lugar a Rádio Mundial, e a Rádio Mayrink Veiga (1926), fechada em 1965 pela ditadura militar.
Criada em 1936, a Rádio Nacional revolucionou as transmissões radiofônicas e tinha como foco programas de entretenimento para o grande público. Foi a primeira a transmitir uma Copa do Mundo de Futebol, em 1938. Inaugurou o radioteatro com “As aventuras de Sherlock Holmes”, a radionovela - “Em Busca da Felicidade”, e os programas de auditório, lançando cantores como Orlando Silva, Ari Barroso, Francisco Alves, Cauby Peixoto, Angela Maria, Emilinha Borba e tantos outros que se tornaram ídolos nacionais. Foi pioneira também na transmissão dos programas de radiojornalismo com o “Repórter Esso” (1941).
O rádio foi de suma importância para a sociedade brasileira. Primeiro veículo de comunicação de massas, levou entretenimento, música e informação para muito além dos grandes centros urbanos, alcançando a população de territórios mais isolados. Por ter sido muito aproveitado politicamente pelo Estado, partidos políticos e movimentos sociais, esteve no centro das transformações que definiram nossa história moderna.
Hoje, segundo o Governo Federal, o Brasil possui mais de 10 mil emissoras de rádio, contando AM e FM comerciais e educativas, além das comunitárias. Interessante ver que, numa época em que novas tecnologias se tornam rapidamente obsoletas, em que, como diz o ditado, uma imagem vale mais que mil palavras, o rádio permanece vivo, ativo em seu importante papel de informar e entreter, fato que não se deve apenas por ter se inserido em plataformas digitais como os aplicativos de celular e players em páginas da web, afinal, suas ondas ainda levam som mesmo a lugares remotos deste país continental.
Parabéns aos profissionais de rádio e seus ouvintes!
Imagens: Pinterest |
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